Era o sexto filho de um professor, Sadakichi Takano, membro de uma antiga família de samurais. Realizou os seus estudos secundários na Escola de Nagaoka. Formou-se na Academia Naval Japonesa em 1904 e serviu na Guerra Russo-japonesa, a bordo do barco “Nisshin”. Foi ferido por um estilhaço de uma granada durante a batalha de Tsushina, o que lhe custou a perda de dois dedos.
Ficou orfão em 1906, e foi adoptado pela família Yamamoto, da qual ganhou o apelido. Graduou-se no Colégio Naval de Guerra em 1916 e três anos mais tarde foi destacado para os Estados Unidos como assistente militar da embaixada japonesa em Washington. Em 1920 viajou para Inglaterra como membro da delegação japonesa que assistiu à Conferencia do Desarmamento em Londres.
Em 1922 matriculou-se na Universidade de Harvard para completar a sua formação. Quando regressou ao Japão converteu-se em oficial executivo da Base Aérea Naval de Kasumigaura e instrutor do Colégio Naval de Oficias. Regressou à embaixada nos Estados Unidos em Dezembro de 1925 como agregado Naval, onde se distinguiu como grande diplomático. Foi neste período quando se deu conta de que, em caso de guerra com os Estados Unidos, a melhor forma de ganhar à frota americana em Pearl Harbor seria um ataque surpresa.
No seu regresso ao Japão em 1927 recebeu o comando do porta-aviões”Akagi”; pouco tempo depois foi colocado à frente da oficina da Aviação Naval no Quartel General do Exército. Em Outubro de 1933 converteu-se no comandante da 1ª Divisão Aerotransportada. Seguiram-se vários distinções no Estado Maior do Exército, período que aproveitou para realizar numerosas viagens a países da Europa e América do Sul, com o intuito de conhecer o funcionamento das respectivas marinhas.
Destacou-se a viagem que fez a Inglaterra em 1934 como representante do Imperador do Japão nas negociações destinadas ao fecho de um acordo sobre a redução de armamento. Foi nomeado em Dezembro de 1935 vice-primeiro ministro da Marinha Japonesa e sobe ao posto de vice-almirante. Cinco anos mais tarde, era nomeado a comandante da 1ª Frota, e em Agosto de 1941 era o responsável máximo da Frota Combinada Japonesa.
Yamamoto não era a favor da guerra contra os Estados Unidos, pois pensava que era um poderoso rival que acabaria derrotando o Japão se a confrontação se prolongasse por mais de um ano. Uma vez começada a guerra, Yamamoto de imediato opôs-se ao plano original do Estado Maior, que previa o reforço das posições japonesas no sudeste da Ásia e preparar-se para lutar no mar, com a Marinha dos EUA, uma estratégia que havia sido bem-sucedido para a Guerra Russo-Japonesa.
Yamamoto conseguiu convencer os seus superiores para que abandonassem a ideia e aprovassem que fosse feito um ataque surpresa a 3 de Novembro às forças americanas que estavam em Pearl Harbour.
O ataque de 7 de Dezembro foi um êxito, mas a ausência da base dos porta-aviões americanos no momento do ataque reduziu os resultados. Os seis meses seguintes serviram para que as tropas japonesas ocupassem o sudoeste asiático e a maioria das ilhas do Pacífico. Yamamoto ordenou o ataque à ilhota de Midway com a intenção de enfrentar as restantes forças americanas do Pacífico. A batalha acabou com a derrota dos japoneses e Yamamoto viu-se obrigado a ordenar a retirada.
Em 13 de Abril de 1943, as tropas americanas, que decifraram os códigos japoneses de comunicação, interceptaram uma mensagem do exército japonês, que informava a chegada de avião do Almirante Yamamoto à base japonesa das Ilhas Salomão. A aviação americana preparou uma emboscada e a 18 de Abril conseguiu destruir o avião que transportava o Almirante Yamamoto.
Os seus restos mortais foram recuperados no interior da selva e repatriado a Tóquio, onde se celebrou o funeral de Estado em sua honra. No mesmo dia da sua morte recebeu o grau de almirante e foi enterrado na cidade natal de Nagaoka, junto ao túmulo de seu pai.
Escrito por: Fernando Ferreira
Eurides T. Lima
Prezado Fernando,
Foi muito bom ler um pouco da História do almirante Yamamoto.
Obrigada, pela oportunidade.
Tenho um neto descendente japonês e é importante conhecer fatos históricos do Japão as vezes tristes e ou alegre.
Atenciosamente,
Eurides
t3tsuo
Obrigado pelas palavras simpáticas.
É nosso interesse tentar divulgar os diversos aspectos da cultura e história do país do Sol Nascente, sejam eles alegres ou tristes como refere.
Espero que continue a visitar o nosso site.
Obrigado.