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Berusaiyu no Bara

Tem como pano de fundo os acontecimentos que antecederam e levaram até à Revolução Francesa. “Berusaiyu no Bara” (ベルサイユのばら)ou “A Rosa de Versalhes” em português, é um manga ao estilo de um clássico romance histórico.

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Ao todo com cerca de 1700 páginas, foi publicado pela primeira vez em 1972, em fascículos semanais, pela Shueisha’s Margaret Magazine, tornou-se rapidamente num sucesso e a história é ainda extremamente popular no Japão, é considerada como sendo, a obra-prima de Riyoko Ikeda, na altura uma desconhecida estudante universitária, que enveredara de forma algo amadora pelo mundo do manga somente com o objectivo de pagar os seus estudos, que o pai se recusara a patrocinar na sua totalidade, mal poderia Ikeda sequer imaginar o sucesso que teria com a sua história.

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O “manga” foi adaptado aos palcos pela companhia teatral “Takarazuka”, que interpretaram a peça interruptamente desde a sua estreia em 1974 até ao ano de 1991, retornando a ser exibida nos palcos mais tarde a partir de 2001! Na sua totalidade e em mais de 1200 exibições, foi vista por cerca de três milhões de espectadores, tornando-a numa das peças mais rentáveis daquela companhia e das mais requisitadas!

Em 1978 a história salta para as telas do grande cinema num filme de imagem real, numa co-produção franco-japonesa, que ficara a cargo do realizador francês Jacques Demy. Filme este que apesar das expectativas não foi tão bem acolhido como se julgava, havendo muitas críticas negativas, desde aos actores principais escolhidos para os papéis, que ficavam aquém do carisma necessário para representar os personagens aos cortes e mudanças desnecessárias do argumento original!

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A “Tokyo Movies” no ano de 1979 respeitando o traço “shoujo” original do “manga”, mas com o “caracter design” feito pela mão, do infelizmente já falecido Shingo Araki (Lupin III (1977), Captain Harlock,(1978), Ulysses 31 (1981), Saint Seiya (1986) entre muitos outros).

O anime oscilou um pouco na história original melhorando-a em alguns pontos, mas mantendo a sua essência, não cometendo os mesmos erros anteriores. Com 40 episódios, a história ficou conhecida entre nós muito graças à influência do filme, somente como “Lady Oscar”.

Mas, mesmo o “anime” não esteve a salvo de alguns contratempos de produção e nem mesmo de algumas desavenças entre os realizadores e a autora, tendo mesmo mudado abruptamente de realizador a meio da série, mudança esta que veio dar à história um ambiente completamente diferente e até bem mais sombrio! Facilmente ao visionar o anime percebemos onde foi que Tadao Nagahama (episódios 1-18) deixou de o realizar e Osamu Dezaki (episódios 19-40) continuou no trabalho ao seu estilo.

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Mas do que fala “A Rosa de Versalhes” para que a história continue até aos dias de hoje a cativar inúmeros fãs em todo o mundo?! Numa resposta simples: Triângulos amorosos e amores proibidos.

Tendo como pano de fundo a Revolução Francesa, que foi polémica para alguns, revolucionária nas suas ideias para outros e um banho de sangue para muitos inocentes! É neste conturbado contexto histórico que vamos conhecer as personagens principais de “A Rosa de Versailles”: Óscar François de Jarjayes, uma mulher de armas fictícia, cujo pai por mero capricho resolve criar como sendo um rapaz. André Grandier, o leal criado pessoal e melhor amigo da anterior. Maria Antonieta, a polémica Rainha de França e Axel Von Fersen, o seu desafortunado amante sueco. Durante quase trinta anos iremos acompanhar as vidas destas personagens, os seus amores e desventuras na corte Francesa, dos finais do século XVIII.

Enquanto tudo isto se passa França encontra-se a ferro e fogo, o Povo passa fome enquanto em contrapartida na corte em Versalhes bailes faustosos são dados quase todos os dias. Mas, nas sombras os liberais gritavam já por liberdade e acendem-se assim os primeiros rastilhos que levarão à explosão de ideias que foi a Revolução Francesa!

Esteve recentemente previsto um “remake” deste anime, cuja estreia foi sendo sucessivamente adiada ano após ano primeiramente para 2009… depois para 2010… 2011… mas novamente devido a inúmeras discórdias com a autora que se novamente se recusava a mudar alguns pontos entre outras questões, foi definitivamente cancelado para grande desgosto dos fãs, que ansiavam há muito por uma nova versão, agora num estilo bem mais moderno.

Como nota de curiosidade, o anime de Berusaiyu no Bara passou também em Portugal no Canal Panda e é um dos títulos mais importantes de toda a história da banda desenhada japonesa, em especial do estilo shoujo (banda desenhada destinada a um púbico feminino).

Escrito por: Patrícia Andrade

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