O Japão possui um sistema de saúde muito desenvolvido e funcional, embora muito diferente do Ocidental. Um estrangeiro poderá receber tratamento em hospitais privados mas irá pagar um valor obsceno no final. Além disso, nem todos os hospitais, mesmo os privados, têm pessoal fluente em inglês. A única maneira de ser atendido num hospital público, ter direito a intérprete (aliás, é um call center de intérpretes), receber tratamento de emergência, adquirir “receita” para medicamento ou ser enviado de volta a Portugal se ocorrer um acidente grave é fazer um seguro de saúde para viagem.
Este seguro é muito diferente do seguro automático que se faz quando se compra um voo com o cartão de crédito ou quando se faz um “seguro de viagem”, isto porque não é sobre a bagagem e o transporte mas sim sobre os cuidados de saúde.
Os seguros de saúde para viagem cobrem períodos até três meses e os preços (para três meses) variam entre 300 e mais de 1000 euros. Para que este seja reconhecido pelo sistema hospitalar do Japão tem de ser um seguro de saúde realizado por uma seguradora internacional, por exemplo uma empresa como a Allianz, ou então por uma empresa de seguros e serviços de saúde que seja americana-japonesa, francesa-japonesa, etc. Não existe nenhuma seguradora portuguesa-japonesa para isto, por isso uma das hipóteses é fazer por uma seguradora que tenha serviços on-line (ex.: worldnomads). Alguns estrangeiros a viver no Japão há vários anos já criaram sistemas de cuidados de saúde que são reconhecidos pelos hospitais públicos japoneses e funcionam como seguros de saúde, como a “healthone” ou a “viva vida” por exemplo, mas os serviços devem ser adquiridos antes da entrada no país (por internet).
Para ser atendido numa farmácia não é preciso seguro de saúde, no entanto só poderão vender determinados medicamentos, o equivalente ao nosso sistema de “venda livre” (sem receita do médico). Estes medicamentos não são quimicamente sintetizados, ou seja, são extractos naturais de plantas e minerais. O seu efeito é mais lento embora também sejam eficientes.
Outras coisas como a aplicação de compressas sobre feridas, pensos térmicos para lesões musculares e mesmo medicamentos para baixar a febre, isso é de venda livre.
Conselhos práticos e curtos sobre saúde
Não são necessárias vacinas adicionais ao Plano Nacional de Vacinação português. Se uma pessoa viajar depois de Setembro deve tomar a vacina da gripe antes de ir. Se for para o sul do Japão, mais exactamente zonas rurais ou as ilhas a sul de Kyushu, deve tomar por as precauções geralmente recomendadas para climas tropicais húmidos. Nesta zona a doença mais perigosa é “Japanese B encephalitis” (mortal, sem cura) que é transmitida pela picada de um mosquito, pelo que o uso de redes e spray repelente é obrigatório.
Deve ter-se em consideração que no Japão não é aceitável mostrar cicatrizes. Se uma pessoa tiver uma cicatriz exposta (não coberta com roupa) deve usar SEMPRE um penso a cobrir essa área de pele. Se for na cara deve tentar cobrir com o cabelo ou maquilhagem (mesmo homens).
Feridas ou zonas de pele com borbulhas avermelhadas ou em erupção também devem ser sempre cobertas com pensos discretos ou maquilhagem. Espirrar ou mesmo respirar quando se está constipado também deve ser isolado da vista (e ar) dos outros, nesse caso usa-se uma máscara médica que existe á venda em lojas de conveniência e farmácias por todo o Japão.
Como isto é sobre o Japão quero terminar com uma imagem para sorrir! O Japão é um dos países mais inventivos no que toca a criar doces e guloseimas estranhas. “Pensos de chocolate de leite” pareceu-me adequar-se a este tema.
Claro que estes não são para por nas feridas…mas quem é que achou “divertido” comer pensos?
E por hoje é tudo e já chega de conselhos sobre saúde, antes que alguém fique doente… Se quiseres saber mais dicas fiquem atentos aos próximos capítulos, ou então viajarem até ao indíce deste guia (clicar aqui). Até à Próxima!!!
Escrito por: Inês Carvalho Matos
Kamikaze
Então o meu acne (que nunca mais desaparece!) e eu estamos feitos X(