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[Guia] : Viagem a Tóquio (Parte II)

Na primeira parte da sugestão de visita a Tóquio (ver link) apresentou-se um itinerário que terminava no cruzamento de passadeiras mais famoso do Japão: Shibuya crossing, na saída da estação de Shibuya que está voltada para Hachikoo. Esta segunda parte do artigo vai continuar a partir desse ponto, para preencher a vossa tarde e noite.

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A estrela de Hachikoo é a estátua do fiel amigo do homem, um cão que terá esperado 9 anos pelo dono (mito do local), por isso é identificado com os valores da perseverança, fidelidade e esperança. Os japoneses adoram marcar encontrar-se junto à estátua do Hachi, ao ponto de isso aparecer em filmes e spots publicitários, por isso vale a pena passar por lá. Para circularem em Shibuya podem andar a pé ou usar o Hachiko-bus (com uma decoração adorável, e com as paragens marcadas com um cachorrinho muito kawaí). Mais informações sobre a rota em: http://www.city.shibuya.tokyo.jp/eng/com_bus/

Agora vou dar dicas avulsas, para programarem o vosso dia (real ou imaginário).
Viciados em compras ou mega-fãs de um artigo específico: as lojas de Shibuya são muito caras, e não é o local para encontrar o supra-sumo dos artigos geek, no entanto devido ao prestígio (ou ambiance) do local muitas pessoas não passam sem um mergulho nas compras; o melhor (again, minha opinião) são os armazéns, isto é, as lojas de vários pisos e com artigos muito diversificados, onde podem sobretudo entreter-se a ver e eventualmente experimentar os artigos – procurem o TOKYU ou o HIKARIE. Para terem o que fazer, tipo workshops, ou para estimularem a vossa criatividade procurem o TOKYU HANDS.

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Saudades do ocidente: não há muitos lugares em que se possa matar as saudades de um ambiente ocidental no Japão, pois a paixão dos japoneses por ícones, produtos e mesmo temas ocidentais não os impediu de “niponizar” dramaticamente a versão que deles fizeram; assim, se estiverem no Japão há tempo suficiente para terem saudades de uma baguete ou de um pão europeu em geral, de um bom bife ou de um café que se podia confundir com Espanha ou França, nesse caso também é em Shibuya que o vão encontrar; estará “recheado” de ocidentais que trabalham no Japão há meses ou anos e com os mesmos sintomas, com quem aliás se pode passar um bom bocado à conversa.

A moda mais recente (2012 em diante) é o “café de fruta”, onde se bebem sumos frescos e batidos, sobretudo de açaí, manga e banana (o feeling do Brasil está na moda por causa das olimpíadas de 2016 e do crescimento económico do país), se entrarem a falar português do Brasil vão ser tratados como estrelas de cinema!

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Shibuya é um dos locais para passar a noite quando se perdeu o último comboio para casa ou quando é mesmo esse o plano. Isto porque vários espaços ficam abertos até às 5 da manhã, propositadamente para proporcionar aos seus clientes umas horas de entretenimento, descontracção ou até desporto! Possivelmente não terão genica para isto se acordaram às 4 da manhã desse mesmo dia para irem ver o mercado de atuns (artigo anterior)… Mas podem sempre aproveitar o final de tarde ou voltar noutra noite.

Karaoke: fazer karaoke no Japão é uma daquelas coisas que não pode faltar; e apesar de ser muito interessante com um grupo de amigos também não cai nada mal abrir os pulmões a uma boa sessão de canto (até um pouco terapêutico) quando se está só.

Em Shibuya alugam-se cabines de karaoke (são sempre em cabines, nunca em sala aberta a desconhecidos) tanto para grupos como individualmente, o preço incluí bebidas não alcoólicas sempre a passar (as alcoólicas pagam-se à parte) e os sofás fofos até permitem uma sesta. Os centros de Karaoke estão identificados com letreiros em katakana (lê-se KARAOKE), por isso se conseguirem ler irão encontrar vários ao passear pela rua.

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Ping-pong ou ténis contra a parede: também em Shibuya podem gastar os últimos cartuchos de energia a jogar ping pong ou ténis; neste caso a oferta é sempre individual, com um robô a lançar as bolas e vocês a descarregarem o stress do dia na raquete; o som descompassado do ritmo do lançamento das bolas em todas as “station” de jogo é um pouco irritante (minha opinião) mas a luz, a música ambiente e o facto de serem 4 da manhã e estarem ali vai fazer-vos sem dúvida recordar para sempre a deliciosa estranheza do Japão.

Escrito por: Inês Carvalho Matos

3 comments
  1. José Ribeiro

    Mais um grande artigo! Este guia de sobrevivência realmente foi das melhores coisas que descobri ultimamente.

    Já agora, só uma pequena correcção: nos centros de Karaoke está mesmo escrito KARAOKE (カラオケ) e não KARAOKU (カラオク). Embora o último caractere seja parecido, é um bocadinho diferente.

    Muitos parabéns e continuação de óptimo trabalho!

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