Pois bem, de onde veio a minha decisão de ver este anime?
Uma explicação simples: os fóruns de cosplay estavam completamente doidos. “Este jogo vai ser a nova moda de cosplay!” “As convenções vão estar cheias disto!” Pois que não. Como veremos, são designs demasiado complicados para serem instantaneamente populares. Mas enfim, isto era um jogo e eu não jogo jogos. Não jogando jogos, foi com grande prazer que recebi a notícia do anime. Não esperava absolutamente nada disto, pelo que me apresentei a ele como tabula rasa.
A minha primeira impressão adveio da arte. A arte é muito engraçada, apesar da animação ser bastante fraca. Tem cores e texturas interessantes e o estilo permite que haja muitas mortes violentas sem que elas sejam agressivas para os olhos. No entanto, o que se passa com estes designs?
Parece que pegaram em todos os estereótipos do anime de há dez anos atrás, lhes deram um estilo facial definido mas bizarro e os decoraram com cabelos impossíveis perante a gravidade. Ao início detestei, mas à medida que me ia envolvendo na história, pareceu-me que poderiam, talvez, fazer sentido na medida em que cada personagem é um “super duper qualquer coisa” e que os seus designs funcionariam como crítica, oferecendo o exagero e a impossibilidade desta história existir.
A história é, como digo, impossível, ilógica e a fazer lembrar o clássico Battle Royale. Quinze adolescentes estão fechados numa escola e têm de se matar uns aos outros. Assim, entramos num jogo de detectives em que o nosso cérebro entra em actividade sináptica para tentar, juntamente com os personagens sobejantes, descobrir quem matou quem e quem irá morrer a seguir. A solução final foi muito inteligente e surpreendente, apesar do “apocalipse” cair do céu e não ter continuidade.
A banda sonora da série navega pela música electrónica mas bastante repetitiva, no entanto, gostei do tema de abertura nas pouquíssimas vezes que apareceu. Vale a pena destacar que uma das interpretes de um dos temas de abertura da série é Nobuyo Oyama, a famosa voz de Doraemon.
Kishi Seiji (Seto no Hanayome e Ragnarok) é o director de Danganronpa: Kibou no Gakuen to Zetsubou no Koukousei – The Animation (título original), a animação de treze episódios foi transmitida no ano passado (2013) e ficou a cargo dos estúdios Geneon Universal Entertainment.
Não é um anime que recomende fortemente, mas é divertido. E se quiserem muito fazer cosplay de uma coisa que toda a gente viu nos últimos tempos e tem designs difíceis… É o anime para vocês!
Escrito por: Carol Louve