Há muito, muito, muito tempo atrás, sugeriram-me que fizesse cosplay de Bayonetta. Ora, eu tenho um pequeno problema… É que eu não jogo jogos! Falando disto a uma amiga, ela referiu-me que – ainda por cima – não teria o corpo ideal para fazer a personagem, que é muito alta e musculada. Mas, depois de tudo isto, fiquei extremamente curiosa para com a personagem. Afinal, quem é ela? E o que faz? Assim, quando apareceu a oportunidade de ver o filme de anime baseado no jogo, não a pude perder!
Fiquei, então, a saber que a Bayonetta é uma bruxa, fruto de uma relação proibida. Ela vagueia por aí, a matar umas criaturas que são anjos, em busca do seu passado. Pelo menos neste filme, não sei como será no jogo. No processo encontra alguns personagens que não a ajudam em nada e estão simplesmente lá para acrescentar mistério.
A história pareceu-me bastante incompleta, assim como o desenvolvimento dos personagens. Certamente que isto será melhor desenvolvido no jogo, que o anime almeja publicitar, mas como não estou dentro desse contexto nada poderei dizer. Aquilo que, realmente, me pareceu foi que havia muito material que se poderia explorar. Por exemplo, gostaria de saber mais sobre os reais poderes de Bayonetta, como funcionam aquelas armas, qual o sistema mágico deste universo. A história de volta das memórias tem o seu interesse, mas não está especialmente bem concebida.
O ponto forte do filme será a animação, mas esta tem os seus momentos falhos frequentemente. Se as técnicas utilizadas são bastante fluídas na maior parte das vezes e o CG está admitidamente bem integrado no contexto das lutas, as coreografias tornam-se, muitas vezes, bastante confusas, tornando difícil de perceber qual a posição de cada elemento na luta.
Os cenários são bastante simples, com bastante CG, com excepção da única cena em ambiente natural (a do pai do jornalista) que está muito bem pintada e é bem bonita. Se fossem todos os cenários assim, falaríamos de outra forma da arte deste filme.
Musicalmente, não temos nada fora do normal. As lutas têm como ilustração auditiva peças sinfónicas, com bastante órgão, que – solitárias – não têm grande interesse. A música dos créditos pareceu-me demasiado açucarada para o teor altamente sensual do filme.
Quanto à ficha técnica, Bayonetta – Bloody Fate (ベヨネッタ ブラッディフェイト) é uma longa metragem de 90 minutos realizado por Kizaki Fuminori (Afro Samurai e Super Street Fighter IV) com a ajuda dos estúdios Gonzo que dispensam qualquer tipo de apresentação para quem está familiarizado no universo anime. O filme estreou em Novembro de 2013.
Fiquei a conhecer a personagem assim por alto. Estou curiosa em jogar o jogo, mas não tenho maneira nem grande vontade, portanto fica para a próxima. De certeza que não irei adicionar Bayonetta aos meus planos de cosplay.
Escrito por: Carol Louve