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Kazuyo Sejima

Quando Kazuyo Sejima tinha oito anos, os seus pais pediram-lhe para fazer uma casa usando as revistas de arquitectura que tinham comprado. E foi assim que a pequena Kazuyo descobriu uma casa desenhada por Kiyonari Kikutake, um dos arquitectos que trabalhava com Toyo Ito. Essa casa tinha-a fascinado.

Anos mais tarde, a família muda-se para uma urbanização para os trabalhadores da Hitachi. Nesse complexo habitacional vivia um engenheiro americano que tinha uma vivenda completamente diferente da de Kazuyo. A habitação tinha sido toda transformada por dentro. as casas eram aparentemente iguais no seu exterior, mas completamente diferentes no seu interior.

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Estes dois momentos na vida de Kazuyo Sejima foram os que a levaram a estudar arquitectura. Em 1981, forma-se como arquitecta na Universidade Japonesa para Mulheres e começa a trabalhar com o Toyo Ito.

A figura chave para Sejima sempre foi Toyo Ito com quem trabalhou nos seus primeiros anos como arquitecta. As ideias de Ito eram perfeitas e iam ao encontro do que ela procurava na arquitectura. O desaparecimento da parede para juntar o mundo interior ao exterior, uma arquitectura flexível e mutante, um edifício polifuncional e uma assimilação da natureza com a construção eram algumas das ideias base do que Sejima queria para as suas obras.

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Depois da ruptura em 1985 com Toyo Ito, Sejima segue as suas ideias e dois anos mais tarde funda o seu próprio estúdio chamado Kazuyo and Associates e em 1995 na capital japonesa cria juntamente com Ryue Nishizawa, o estúdio de arquitectura SANAA (Sejima + Nishizawa and Associates – http://www.sanaa.co.jp).

Ao longo destes anos Sejima tem algumas obras de relevo como o Novo Museu de Arte Contemporânea em Nova Iorque, o Serpentine Gallery Pavilion em Londres, o Museu do Século 21 de Arte Contemporânea de Kanazawa – Ishikawa, Centro de Aprendizado Rolex do Instituto Federal de Tecnologia da Suíça em Lausanne e o Prédio Christian Dior na capital japonesa.

Durante estes anos Sejima também foi professora em várias universidades de arquitectura. Começou a leccionar em 2001 na Universidade de Keiou – Tóquio, depois em 2006 foi docente convidada na Universidade Federal Politécnica de Lausanne e na Universidade de Princeton nos Estados Unidos.

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É em 1988 que Sejima é distinguida com o primeiro prémio da sua carreira artística, desde então tem vindo a conquistar alguns dos prémios mais importantes da arquitectura mundial como foi o prémio de Arquitecto Jovem do Ano atribuído pelo Instituto dos Arquitectos Japoneses (1992), em 1994 recebe o prémio de Obra Arquitectura, em 2000 vence o Prémio de Arquitectura Erich Schelling na Alemanha e em 2010 é distinguida com o mais alto prémio da arquitectura mundial, o Prémio Pritzker.

No seu currículum ainda temos duas obras literárias publicadas: Kazuyo Sejima in Gifu lançado em 2001 e SANAA Houses em 2007 ambos pela editora Actar.

Kazuyo Sejima é um dos nomes de referência da arquitectura japonesa e mundial que vale a pena conhecer um pouco mais, mesmo não sendo um apaixonado da arquitectura.

Escrito por: Fernando Ferreira

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