Tales of Zestiria leva-nos até Sorey, um rapaz que possui a capacidade de ver Seraphim, espíritos encarregues de proteger a terra. Um dia conhece Alisha, uma jovem que o convida a estar presente num evento em Hyland Kingdom onde os visitantes tentam tomar posse de uma espada que apenas poderá ser levantada pelo Sheperd, o escolhido para proteger a terra dos espíritos malignos. Sorey consegue a espada e segue com os seus amigos numa viagem para livrar o mundo das forças de Heldalf, o líder dos Hellions.
Entre os pontos positivos que podemos encontrar estão a inspiração na animação japonesa, algumas facilidades técnicas, o sistema de combate e a variedade de personagens e inimigos.
Após o primeiro capítulo é apresentado um pequeno vídeo em anime como se se tratasse da abertura de uma série de animação, que aparece sempre que se inicia o jogo. Igualmente em anime estão as cutscenes mais importantes à narrativa, tornando-a mais dinâmica e apelativa.
Ainda sob a narrativa, as falas dos personagens podem ser passadas à frente, como normalmente acontece nos jogos RPG, oferecendo a possibilidade de saltar partes menos interessantes. Os diálogos dos NPCs são variados encorajando o jogador a verificar o que de novo têm a dizer. Para além disso, o conteúdo das falas possui dicas de como avançar no jogo, locais a explorar e os temas ganham um tom mais negro consoante o avançar da história, quando a ameaça de Heldalf se torna mais visível.
As paisagens são variadas indo desde cavernas a desertos, pântanos ou florestas. Apesar de vastas, as áreas estão repletas de itens como plantas, baús ou monólitos, úteis ao desenvolvimento dos personagens.
Quanto ao sistema de combate, os inimigos são bastante variados não apenas esteticamente mas também a nível de ataques (existem desde inimigos mais fracos a inimigos incrivelmente difíceis de vencer). Esta diversidade obriga o jogador a adaptar o seu próprio combate e a criar estratégias diferentes para inimigos diferentes.
O combate é bastante fluído. É possível escolher o personagem principal para as lutas e o Seraphim que o apoia, podendo o jogador escolher a combinação que mais se adapta ao seu estilo de luta. A Armanization permite ainda unir humano a Seraphim, cujos possuem uma especialidade (fogo, vento, terra e água), criando diferentes tipos de ataques.
Caso o jogador não deseje confrontar determinado inimigo basta afastar-se dele ou escolher “escapar” do menu durante o combate. Existe ainda uma poção que elimina os inimigos fracos que já não oferecem XP útil.
Tornando a experiência mais divertida está também disponível um modo cooperativo local permitindo que até quatro pessoas joguem ao mesmo tempo, ajudando-se na luta contra os inimigos mais fortes.
Por fim, a banda sonora, de Motoi Sakuraba e Go Shiina, é bastante diversificada (cada região, cada cidade e cada instance/dungeon possuí músicas diferentes, adaptadas ao ambiente do espaço). No final, a banda sonora pode inclusivamente ser ouvida em separado como um trabalho musical independente ao jogo.
Felizmente, Tales of Zestiria apresenta poucos pontos negativos. As falas ainda que possam ser passadas à frente são muitas vezes redundantes e excessivas, consequência de uma história que apesar de interessante se arrasta demasiado, em vez de ir diretamente ao assunto.
Apesar de alguns problemas, Tales of Zestiria é um excelente jogo tanto como fonte de entretenimento, como pelo facto de obrigar o jogador a adaptar-se consoante os desafios que enfrenta. O jogo da Bandai Namco está disponível para Playstation 3, Playstation 4 e PC.
Escrito por: Ângela Costa