Ver este anime, com um tema fantástico, logo depois de Claymore tornou a experiência, comparativamente, um pouco aquém.
Este é o tipo de anime em que o primeiro episódio engana muito. Pensamos estar dentro de um jogo e que se trata de uma comédia, mas – logo a partir do segundo episódio – percebemos logo que estamos errados. É um jogo, sim, a inspiração para este anime, um jogo de fantasia por níveis. Nesse aspecto, The Aegis of Uruk caracteriza muito bem o estilo de jogatina que se faz: um grupo de pessoas, uma party, encontra-se numa masmorra (dungeon) com vários níveis que tem de ultrapassar progressivamente, lutando contra inimigos mais ou menos fortes e reunindo-se com outras pessoas que podem ou não ter os mesmos objectivos.
O início da série caracteriza muito bem este tipo de jogo e, por isso, é muito divertida. Tem muitos momentos de comédia que, ao contrário do esperado, funcionam bastante bem. Depois torna-se um pouco mais sério, mas sempre com um pouco de graça que nunca se perde.
Os personagens pecam por ser pouco memoráveis e por se inserirem exclusivamente dentro da sua classe de combate. Isto é especialmente bom quando existem lutas, mas no respeitante a desenvolvimento e caracterização é um pouco fraco. O “chara-design” é pouco inspirados e, no geral, são personagens que poderiam ter algum potencial.
A arte torna-se progressivamente pior ao longo da série. Se ao início temos batalhas bastante interessantes contra grandes criaturas, nos últimos episódios estas criaturas são montadas digitalmente, de forma muito arcaica e simplesmente desnecessária. Afinal, se animaram o primeiro dragão por métodos tradicionais qual a necessidade de fazer o último monstro em CG?
Também a animação, no geral, não é muito forte, apesar de ser satisfatória. As coreografias estão bem pensadas dentro do contexto, mas é tudo bastante simples.
A música tem pouco interesse e não caracteriza bem o ambiente. A sequência do tema de abertura é estranha, dentro do contexto, assim como a música “Swinging” interpretada por Muramasa☆. O tema de encerramento “Tōchōsha-tachi” (塔頂者たち) ficou a cargo de um “desconhecido” Kenn (Kenichiro Ohashi).
Transmitida em 2008 Druaga no Tou – The Aegis of Uruk (ドルアーガの塔 〜the Aegis of URUK〜) teve 12 episódios e ainda um especial. Foi realizado por Koichi Chigira (Gate Keepers, Tokyo Bobylon) e produzido pelos estúdios GONZO que dispensam apesentações a quem está familiarizado com o mundo da animação japonesa.
Em suma, Druaga no Tou – The Aegis of Uruk é um anime que se vê mas que facilmente será esquecido.
Escrito por: Carol Louve