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Ryoko Yamagishi

Nascida na cidade de Hokkaido em 1947, Ryoko Yamagishi (山岸 凉子) sempre teve o gosto pelo ballet desde muito pequenina chegando mesmo a dizer que este era o seu grande sonho, no entanto em 1964 depois de ler um manga de Machiko Satonaka ela abandona o seu sonho de infância e decide que afinal quer tornar-se numa autora da manga.

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Embora seus pais não tivessem concordado muito com a ideia, em 1966 ela decide em entrar num concurso manga de estilo Shoujo (banda desenhada japonesa mais direccionada para o público feminino) e chega a ser um dos semi-finalistas. Com este resultado ganha ainda mais alento para continuar a desenhar.

Contacta a editora Kodansha e envia umas histórias curtas para a COM. Em 1968, depois de ter terminado os seus estudos em Hokkaido, muda-se para a capital japonesa e também contacta a editora Shuiesha. Um ano mais parte faz a sua estreia na revista Ribon com o manga “left< And >right” (レフトアンドライト).

Em 1971, Ryoko Yamagishi lança a série de manga Shiroi Heya não Futari (白い部屋のふたり) uma história que conta um romance entre duas meninas numa escola prestígiada de França. Este manga foi também publicado na revista Ribon à semelhança do manga anterior e foi/é considerado como um dos primeiros manga Shoujo Yuri (banda desenhada japonesa com um teor erótico entre mulheres). Na altura Ryoko pertencia ao colectivo feminino grupo Ano 24 (24年組 leia-se Nijūyo-nen Gumi).

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É nos anos 80, que ganha o Prémio Kodansha Manga com o manga Hi Izuru Tokoro não Tenshi (日出処の天子), que literalmente significa o “O Imperador da Terra do Sol Nascente” e relata a história do príncipe Shōtoku, uma figura política do Japão do século sexto que espalhou o Budismo. Foi serializado na revista LaLa entre 1980 a 1984. Os capítulos individuais foram publicados em 11 volumes pela editora Hana to Yume Comics entre 1981 e 1984.

Segundo Yoshihiro Yonezawa autor de banda desenhada e crítico, o trabalho de Yamagishi é influenciado pela Art Nouveau e as suas obras têm normalmente temas ocultos, embora os seus trabalhos mais populares tenham sido Arabesque, um manga sobre o ballet russo e Hi Izuru Tokoro no Tenshi, um manga que relata ficcionalmente a história do do príncipe Shotoku, uma figura política do Japão do séc. VI que espalhou o Budismo.

Já no séc. XXI cria o manga Terpsichora (The Dancing Girl; Maihime ), que foi nomeado para o 9º Prémio Cultural Osamu Tezuka em 2005 que se realiza anualmente. Dois anos mais tarde em 2007 vence o 11º Prémio Anual Tezuka.

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Mais recentemente, publicou o manga Kesaran-Pasaran na revista Da Vinci entre Março de 2011 e Outubro de 2012. Bem como duas histórias curtas: cat-cat-cat na revista Mei Dark Vol.1 (2012) e Kotodama na revista BE·LOVE (2013).

Até ao momento Yamagishi tem no seu curriculum mais de 15 séries mangas publicadas e mais 150 histórias curtas publicadas em diversas revistas.

Escrito por: Fernando Ferreira

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