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Fate/Apocrypha

Estreou em Julho de 2017 e terminou em Dezembro do mesmo ano a série Fate/Apocrypha (フェイト/アポクリファ, leia-se Feito/Apokurifa), spin-off do famoso anime Fate. Produzido pelo estúdio A-1 Pictures (Eromangá-sensei e Sword Art Online) com realização de Yoshiyuki Asai (Charlote) e com banda sonora composta por Masaru Yokoyama. Apocrypha com um total de 25 episódios é a adaptação da Light Novel de 5 volumes escrita por Yuchiriho Higashide.

A história começa após o assalto do Santo Graal da cidade de Fuyuki após a Terceira Guerra. O trabalho centra-se em duas facções, Vermelho e Preto, cada uma invocando 7 Servos e o próprio Santo Graal invocando uma classe Ruler, uma classe especial que serve como mediadora durante a guerra.

Os membros da facção vermelha são enviados pela Associação dos Feiticeiros da Torre do Relógio, enquanto os membros da facção negra pertencem a uma organização românica chamada Yggdramillennia, que assumiu o Santo Graal como seu símbolo, deserta da Associação dos Feiticeiros e declara a sua independência. Furiosos, a Associação envia uma força para lidar com o Yggdmillennia, mas foram derrotados pelos servos convocados. Com o sistema de guerra do Santo Graal mudado, a guerra atinge uma escala sem precedentes.

Este spin-off Fate/Apocrypha tem uma proposta bem diferente dos demais Fate. Aqui temos um elenco de 28 personagens ao contrário das 14 como é habitual, por este motivo torna-se um pouco complicado darmos atenção a todos os personagens. O argumento tem algumas mecânicas um pouco diferentes do resto da franquia Fate, o que pode incomodar os fãs, mesmo que na sinopse original da série tenha sido anunciado que: num mundo alternativo há Fate/Stay Night.

Em relação ao argumento da série, o autor tem todo o direito de mudar umas coisinhas no sistema de magia da obra. O guião em si é como todo o Fate só que com o numero de servos duplicados. A série segue a bom ritmo e vai-se construindo de uma forma muito bem feita até ao bonito final da obra. Com tantos personagens é também natural que alguns deles não mereçam a mínima atenção, no entanto, existem outros (o Astolfo e a Joana D’Arc por exemplo) que rapidamente nos captam a atenção por serem mais interessantes que os demais e porque também estão melhores escritos.

Relativamente à animação, a série tem alguma inconsistência no design (devido possivelmente aos prazos a cumprir), contudo é super fluída. Destacamos um episódio (22) da série que possivelmente foi o episódio com a maior quantidade de animação fluída de 2017. Dos 23 minutos que normalmente um episódio tem descontamos a abertura e o encerramento e temos 17 minutos de pura fluidez, chegando mesmo a ser assustador como este anime na sua recta final investe em animação fluída. A cena também o exige, pois temos uma luta épica atrás de outra e todas elas muito bem animadas e a com a banda sonora a ajudar a criar um ambiente que empolga qualquer coração de pedra.

Em suma, Fate/Apocrypha não é perfeito e possui uma quantidade de conveniências para o protagonista e alguns problemas de estrutura no argumento (como esquecer uma certa personagem durante quase mais do que metade da obra) e também é perceptivel o “rush” no material original que resulta em muitos cortes na light novel (no mangá não temos estes defeitos). Mesmo com estes problemas, Fate/Apocrypha foi um dos anime de acção que mais me impressionou positivamente no ano passado (2017) e acreditem que eu assisti pelo menos a uns 30 animes.

É visualmente deslumbrante e possui personagens interessantes e uma boa historia com um princípio, meio e fim emocionante daqueles que têm o patrocínio Kleenex. Por isso, fica a dica para darem uma espreitadela nesta série.

Escrito por: Matheus Alves

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