Escrito por Shinya Murata e ilustrado por Kazasa Sumita, Killing Bites (キリングバイツ leia-se Kiringu Baitsu) começou por ser lançado em versão mangá em Novembro de 2013 na revista Heros e conta até à data com 10 volumes publicados. A sua adaptação para a versão animada estreou em Janeiro e foi concluída em Março. Foi produzida pelo estúdio LIDEN FILMS (Terra Formars e The Heroic Legend of Arslan), realizado por Yasuto Nishikata.
A história desta série de 12 episódios conta-nos a vida do medíocre estudante universitário Yūya Nomoto que certo dia encontra uma misteriosa garota chamada Hitomi. Esta mata os amigos todos de Yūya e fica transtornado ao vê-la transformar-se numa besta e a lutar como nunca tinha visto na sua vida. Yūya descobre que existem umas estranhas pessoas que são chamadas de “Brutos”, lutadores que foram criados para poderosas empresas de apostas fazerem imenso dinheiro com estes duelos. Hitomi é um “Ratel” que é o mais destemido de todos os animais e é ordenada que fique com Yūya, para o proteger.
Mas falemos desta série, e comecemos pelos defeitos (que são muitos), Killing Bites é a definição de Battle Royal genérico, tudo neste anime é raso e não fazem muita questão de explicar certas situações (mas fiquem descansados que no mangá também é assim).
Os personagens começam de uma forma e terminam da mesma maneira, não existe uma evolução e as suas personalidades seguem um padrão cliché. Yūya, o protagonista é inseguro e chato e a Hitomi é tsundere (termo japonês para uma personalidade que é inicialmente agressiva, mas que alterna com uma mais amável). O argumento de Killing Bites é também é um pouco previsível (menos o final, mas depois falo dele) e usa o “fanservice” em situações que nem lembra o diabo…
Mas este anime não tem só coisas más também conseguimos encontrar pontos positivos (que diga-se de passagem que não são muitos), Killing Bites é muito, mas muito divertido! Outro ponto a favor é o anime ser bastante dinâmico, ou seja, toda a história é movimentada e com cenas de luta sempre a acontecer. A comédia também ajuda bastante, até por que está muito bem feita. E por fim, o anime termina de uma forma surpreendente e confesso que não esperava nada de um final assim.
A produção técnica do anime é mediana tanto encontramos cenas bem acima da média, como cenas muito mal animadas. A banda sonora criada por Yasuharu Takanashi (Sailor Moon Crystal e Boruto, entre outras) é boa e é bem utilizada nos momentos que precisa ser.
O tema de abertura intitulado “Killing Bites” foi interpretada pela FlipSide e a parte técnica e animação ficaram realmente boas. Já o tema de encerramento “Kedamono Damono” cantado por Kitsunetsuki é muito fraco, a música é chata e a animação é apenas um amontoado de quadros estáticos com as heroínas semi-nuas.
No geral não recomendo a série, mas admito ter gostado muito da obra e caso alguém tenha ficado curioso acho que pelo menos vale a pena ver os três primeiros episódios, e depois decidirem se o ritmo e a comédia vos conquista de igual forma que me conquistou.
Killing Bites é o clássico caso do: este anime é muito mau, mas eu gosto! É inegável que não há de facto uma grande qualidade aparente, e que tudo é feito para ser o mais cliché o possível. Mas… é extremamente divertido!
Escrito por: Matheus Alves