Trata-se de um anime que foi lançado nos finais do ano passado, e que pode ser conhecido também por: “Iroduku: The World in Colors” ou “From the Color-Changing World’s Tomorrow “, contando ao todo com um total de 13 episódios transmitidos pela televisão nipónica, tendo o primeiro capítulo sido emitido dia 6 de Outubro e o último no dia 29 de Dezembro de 2018.
Irozuko Sekai No Ashita Kara (色づく世界の明日から) foi dirigido por Toshiya Shinohara; produzido por Infinite; escrito por Yuuko Kakihara; a música ficou a cargo de Yoshiaki Dewa, e o Estúdio responsável foi P.A.Works. Foi igualmente emitido pelas emissoras MBS; TBS; BS-TBS; AT-X; TUT e ATV.
A música de abertura intitula-se “17-sai” ou “17才 Jū-nana-sai”, significando “17-years-old”, ou seja “17 anos de idade” e é interpretada por Haruka to Miyuki, enquanto a música de encerramento ficou a cargo de Nagi Yanagi, com a designação de “Mimei no Kimi to Hakumei no Mahō (未明の君と薄明の魔法)”.
Este anime relata a história de uma menina de nome Tsukishiro Hitomi, uma adolescente descendente de uma família de usuários de magia (feiticeiros), que sofria de Acromatopsia, um distúrbio que a impedia de ver as cores do mundo que a rodeava, excepto os tons de branco, preto e cinza, problema que surgiu a partir do momento em que ela perdeu todas as pessoas que amava.
Triste por ver a neta sofrer, sua avó Tsukishiro Kohaku, faz um feitiço para que ela conseguisse viajar no tempo, retrocedendo 60 anos para que pudesse assim, encontrar o seu jovem eu de 17.
Avó e neta juntas na mesma dimensão temporal e com a mesma faixa etária tornam-se não só companheiras e colegas de classe, vivendo grandes aventuras com outras personagens da trama e que Hitomi ao viajar no tempo vai conhecendo, e de quem se torna também amiga, respetivamente Aoi Yuito; Kazeno Asagi; Kawai Kurumi; Yamabuki Shō e Fukazawa Chigusa.
Apesar de ser tímida e bastante reservada, Hitomi consegue relacionar-se bem com todos eles, tornando-se especialmente próxima de Aoi Yuito, por quem acaba mesmo por se apaixonar, já que ele também tem uma personalidade semelhante à sua.
Com o apoio do presidente do Clube, Yamabuki Shō e dos outros, Hitomi que devido ao seu distúrbio não podia ver as cores, começa pois a encontrar na sua maior dificuldade, uma pequena luz de esperança, passando assim, a tirar fotografias monocromáticas e sentindo que apesar do seu problema, poderia ter alguma utilidade e ajudar os seus amigos. O que parecia um grande obstáculo, podia ter também uma solução.
Com o tempo, Hitomi vai ultrapassando pouco a pouco, passo a passo as suas barreiras comunicativas, tornando-se capaz de expressar mais facilmente os seus sentimentos e emoções, acabando por ingressar no Clube de Fotografia, do qual os restantes faziam parte, vivendo experiências que até então lhe pareciam quase impossíveis.
Os seus laços foram-se estreitando entre si, os laços de confiança aumentaram entre todos e a felicidade começava devagarinho a entrar no seu coração solitário e triste. Magia, fotografia e fortes cargas emotivas conviviam pacifica e naturalmente entre si.
Contudo, o facto de ter viajado no tempo tem igualmente os seus riscos, e essa proeza poderia de facto desencadear alterações irreversíveis no espaço-tempo, podendo afetar e colocar em causa o equilíbrio natural da existência humana e do universo. Assim sendo, quanto mais se prolongava a presença de Hitomi no passado, mais a sua vida ficava em perigo.
Kohaku percebeu que Hitomi teria mesmo que regressar à sua época, por muita infelicidade que essa notícia pudesse trazer aos outros, era o melhor a se fazer, para bem da sua neta. E de facto, a reação não foi das melhores, pois o sentimento de perda e de despedida é dos mais dolorosos que o ser humano infelizmente se vê obrigado a enfrentar.
Hitomi teve que deixar as suas novas amizades para trás e regressar à sua dimensão temporal, porém, o seu coração estava cheio de alegria, um sentimento que há muito a tinha abandonado. Sentia-se finalmente acarinhada, e que, mesmo estando longe, sabia que os seus amigos já mais a esqueceriam.
A lembrança de quem se gosta preenche o nosso coração de amor, de paz, harmonia e felicidade. Esse misto de emoções fizeram com que fluorescesse uma esperança que há muito vivia adormecida, permitindo-lhe sem dúvida ultrapassar todos os seus impedimentos, todas as suas frustrações, todas as suas dúvidas, deixando de lado os seus sentimentos mais negativos e que a impediam de enxergar a verdadeira cor do seu mundo e de a fazer seguir em frente e sem medo.
A luz quente que agora brilhava em seu coração, permitiu-lhe desta forma recuperar a capacidade de ver as cores e de sentir as coisas tal como elas eram de verdade.
Este anime é sem dúvida uma mensagem de esperança, perseverança, que não devemos desistir perante as dificuldades que surgem, porque a fé e o amor são os pilares para continuarmos sempre a tentar, porque tal como Hitomi, no final há sempre uma luz para iluminar o nosso caminho e afastar toda a escuridão que possa aparecer.
Aconselho vivamente a quem gosta deste género de animes, a assistir, pois é sem dúvida uma das boas produções que o ano de 2018 nos trouxe.
Escrito por: Mia Mattos