Quem me segue pelas redes sociais, ou costuma ver o canal da NIJI TV sabe que este ano decidi juntar todos os meus poderes para arranjar o máximo de jogos possíveis para a consola portátil da Sony, a PSP. Num desses vídeos no canal (ver vídeo Aquisições PSP Episódio 07) recebi do Japão este jogo:
Em Kenka Banchou 5: Otoko no Housoku, controlamos um delinquente e a nossa aventura começa logo que chegamos à bela cidade de Quioto. Depois de uma longa viagem de autocarro, é preciso descarregar as energias acumuladas, por isso como qualquer bom bancho (nome dado pelos japoneses para delinquente) é preciso começar a causar problemas. Na verdade, somos encorajados a causar problemas, já que esta é a única maneira de ganhar o respeito de todos os banchos de outras escolas.
Neste jogo somos livres de bater em qualquer pessoa que passe por nós, no entanto, ganhamos muito mais em enfrentar outros “punks” de outras escolas. Ao fazermos isto, não só nos fortalece o nosso poder de luta como ajuda-nos a encontrar mais pistas para encontrarmos o nosso amigo.
Munido dos mapas de outras escolas, o nosso objectivo é irmos derrotando os outros bancho, até dominar o Japão, tudo isto a partir da linda paisagem de Kyoto que poderemos explorar livremente, a fazer lembrar jogos como o Grand Theft Auto.
O jogo termina sete dias depois desta esta excursão ter começado. Temos um tempo limitado para nos tornarmos o maior bancho do país do Sol Nascente. Para isso é conveniente que de vez em quando verifiquemos o nosso relógio por não queremos perder oportunidades de batalha importantes.
Kenka Bancho é um jogo de acção, um beat-em-up, o que significa dizer que vamos crescendo com a quantidade de pontapés e murros que vamos dando ao longo do jogo. Dois botões fazem a maior parte da acção, mas também existem movimentos de arremesso e bloqueio. Conforme vamos derrotando outros bandidos vamos subindo de nível.
O movimento do nosso personagem é controlado pelo comando analógico da consola. Temos uma liberdade completa de movimentação pelas ruas, mas quando entramos em luta esta liberdade de movimentos pode atrapalhar, tornando-se difícil apontar a direcção com quem queremos lutar. A camera, que é controlada manualmente com o d-pad, torna as coisas ainda mais complicadas.
Iniciar uma briga é tão simples quanto socar alguém na cabeça, mas existe uma forma com mais estilo de propor uma luta. Para isso, basta um olhar fixo para baixo e enviar raios de intenção assassina aos seus adversários. Podemos direccionar este feixe para os olhos de qualquer outra pessoa. Uns podem fugir de medo, mas aqueles preparados para nos enfrentar vão aceitar o desafio.
Graficamente os modelos 3D dos personagens são básicos e em algumas situações é difícil diferencia-los, já que todos estão vestidos com uniformes escolares. Os elementos da história são visualmente um pouco mais interessantes. Mas no geral estamos perante um jogo com uns gráficos interessantes.
A banda sonora do jogo tem um espectro musical bastante largo. Tanto podemos ouvir música de elevador com saxofone a grandes riffs de guitarra, no entanto o leque de temas não é grande por isso é bem provável que nos fartemos das músicas antes do jogo acabar.
Em resumo, Kenka Bancho é um jogo sólido mas que é melhor apreciado se for jogado em doses pequenas, ou seja, damos porrada em dois ou três tipos e desligamos. Depois mais 2 ou 3 e assim sucessivamente. Jogar o jogo de seguida talvez se torne demasiado repetitivo.
Se estão à procura de inovação neste jogo podem tirar o cavalinho da chuva, mas se quiserem divertir-se um bocado andando à porrada com rufias, então Kenka Bancho garante-vos uma experiência bem divertida.
Escrito por: Fernando Ferreira