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Panorama do Inferno

Quando se fala de mangá de terror o primeiro nome que vem logo à ideia é o Junji Ito, no entanto existem outros nomes tão ou mais importantes que o anteriormente citado. Um desses nomes é o de Hideshi Hino que recentemente foi lançado na editora nacional Sendai Editora e que pode ser visto no nosso canal de youtube (ver vídeo).

Com o título original de Jigokuhen (地獄変/Panorama do Inferno na versão em português), este mangá foi publicado originalmente no Japão em 1984 pela editora Hobari Shobo. A história escrita e desenhada por Hideshi Hino conta a vida de um pintor, sem nome e da sua relação com a sua família.

O terror e o gore são bem constantes nesta obra, e avisamos os potenciais leitores que algumas das partes são realmente repugnantes, nojentas ou até mesmo chocantes. Verificamos também na arte de Hino um gosto pelo sadismo. Como o próprio personagem principal refere no mangá, o sangue é o que existe de mais belo do mundo.

Para quem lê bastante mangá, o traço do Hideshi Hino é facilmente reconhecido. O estilo de desenho é bastante simples, quase caricatural. Os fundos não são detalhados e na maioria das vinhetas são substituídos por fundos pretos. A leitura das imagens é bem fácil, e um ponto a favor foi o facto de terem deixados as onomatopeias na língua original.

As cenas de massacres e mutilações são convincentes e bem feitas. O sangue neste mangá é quase o personagem principal por estar praticamente em todas as páginas deste volume.

Esta obra de apenas um volume é composto por 13 capítulos, a que deram o nome de “Retratos do Inferno”. Todos os capítulos são listados num índice, mas, ironicamente, as páginas do mangá não são numeradas, tornando o índice apenas uma mera referência.

Quanto à edição em si mesma, Panorama do Inferno tem uma dimensão um pouco maior que os tamanho “standard”. A impressão está boa e a escolha do papel meio amarelado funciona bastante nem neste tipo de publicações.

Em resumo, o mangá Panorama do Inferno é um bom título para os amantes deste género de temática. Tem uma boa história de terror, principalmente para quem gosta de violência e contos que andem de mãos dadas com a loucura.

Escrito por: Fernando Ferreira

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