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Os Três Mosqueteiros

Uma das vertentes que gosto de ler num mangá são as adaptações de grandes clássicos da literatura, e quando soube que iria ser lançada uma mangá (ou manfra, já que os autores são franceses) em português de Os Três Mosqueteiros de Alexandre Dumas, não hesitei em adquirir esta série.

A série é composta por apenas dois volumes e tem argumento escrito por Néjib e desenhos de Cedric Tchao Foi publicado originalmente em França pela editora Casterman. Em Portugal, a série foi lançada pela editora Levoir.

Para quem nunca leu ou viu as imensas adaptações que este clássico da literatura já teve deixamos aqui uma breve sinopse. Estamos no ano de 1627 onde um jovem nobre de nome D’Artagnan cavalga em direção a Paris a fim de cumprir o seu sonho tornar-se o Mosqueteiro do Rei e assim ingressar num corpo de elite, símbolo de prestígio e heroísmo. Quis o destino que ele se cruzasse no caminho dos três valentes camaradas de armas: Athos, Porthos e Aramis, conhecidos como os três Mosqueteiros!

Esta é a história do primeiro volume, no segundo e último vamos conhecer a vilã Milady que embora ciumenta, não queria a morte da doce Constança, a grande paixão de D’Artagnan. Esta segunda parte é a adaptação do recente filme realizado por Martin Bourboulon e que para mim é melhor que o primeiro volume talvez por já conhecer a história.

Neste volume, o ritmo é (muito) animado e os heróis são mais dinâmicos. No entanto, o facto de a série ser demasiada curta e ter que ser preciso abreviar os diálogos a história fica com algumas pontas por explicar. Esta série merecia pelo menos mais 1 ou 2 volumes.

A arte de Cédric é bastante competente. Estamos perante uma estética puramente mangá onde o desenho e a acção são rápidas, e por esse motivo talvez os cenários são por vezes inexistentes. As personagens tem muitos estereótipos da banda desenhada japonesa. Um dos pontos mais agradáveis de se ver no mangá (ou manfra) foram as cenas de luta que são bastante dinâmicas e bem desenhadas. Também algumas vinhetas usam molduras e texturas inovadoras que “obrigam” o leitor a fazer uma segunda leitura para apreciar plenamente a obra. Cédric oferece-nos um shonen bem clássico, provando que cada vez mais vemos artistas não japoneses a desenhar com imensa qualidade o estilo que os mangaka inventaram.

Em suma, Os três Mosqueteiros é uma série de apenas dois volumes que vale a pena ler quer já conheçam a história do clássico da literarura quer não. São apenas dois volumes por isso é sempre um ponto a favor para terminarmos uma coleção embora como disse anteriormente esta série merecia mais 1 ou 2 volumes. A ler!

Escrito por: Fernando Ferreira

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