Como durante séculos o Japão esteve isolado do resto do mundo, a relação entre o valor do ouro e da prata era bastante variável, ao contrário do que se passava no Ocidente.
As primeiras moedas que apareceram oficialmente no Japão foram importadasde sistemas culturais e sociais chineses para realçar seu poder político. Apesar do povo japonês não estar habituado à moeda metálica naquele tempo, o governo tomou medidas para incentivar o seu uso exijindo que a moeda fosse usada em transações terrestres e recompensava aqueles que conservaram grandes somas de moeda corrente.
Yamada Hagaki era um formulário em papel confidencial de moeda corrente que circulava na zona de Ise Yamada (hoje cidade de Ise, na prefeitura de Mie), foi emitido para substituir as moedas de prata para a trocas pequenas. Hagaki foi emitido e controlado por um corpo autónomo de comerciantes e padres de Shinto do templo de Gegu de Ise. Este procedimento começo a ser habitual e aos poucos o “Yamada Hagaki” ia obtendo a confiança dos cidadãos e começa a circular por toda a região de Yamada. A moeda corrente em papel foi emitida também em áreas vizinhas de Yamada, e passou-se a usar a moeda corrente de papel tornando-se rapidamente uma prática comum entre os comerciantes na região de Kinki.
O iene foi introduzido no governo Meiji como um sistema lembrando aqueles na Europa, trocando o antigo sistema monetário do Período Edo. O Acto da Nova Moeda de 1871 estipulou a adopção de um sistema de contagem de décimos de iene (1), sen (1/100) e rin (1/1000), com as moedas sendo redondas como no Ocidente. O sen e o rin foram tirados de circulação em 1954 e o iene foi legalmente definido como 26.956 gramas de prata, uma definição que ainda é coberta pela lei hoje em dia. Em 1858 o Japão firma um acordo comercial com os Estados Unidos em que se fixa a taxa de cãmbio inicial de 0,75 ryo por dólar.
O iene (ou yen) é a moeda usada no Japão. Em japonês geralmente é pronunciado apenas “en”, mas a pronúncia “yen” é comum em outros idiomas, como no português.
A escrita no alfabeto romano, com a letra y, provém da romanização duma escrita obsoleta da palabra, o mesmo se passa com nomes com Uyeda (Ueda), Iyeyasu (Ieyasu) e Inouye (Inoue). A escrita original de “yen” era a mesma que a palavra em chinês yuan, mas na escrita moderna utiliza-se um caracter diferente. Os códigos para a moeda em ISO 4217 são JPY e 392. O símbolo latinizado é o ¥, enquanto que em japonês é escrito com o kanji .
Existem 6 tipos de moedas e 4 notas em circulação: As moedas são: 1 yen (alumínio), 5 yenes (latão), 10 yenes (bronze), 50 yenes (cuproníquel), 100 yenes (cuproníquel), 500 yenes (níquel-latão). Num dos lados da moeda aparece o seu valor em números árabes assim como o ano de emissão no calendário japonês baseado nos anos que o Imperador esteve no poder (por exemplo, Heisei 16, que seria o ano 2004). No outro verso da moeda, aparece a inscrição Nihon koku (???), o valor da moeda é expressa em kanji e uma imagem geralmente de uma flor ou planta, embora a moeda de 10 yenes esteja representado o Pavilhão de Fénix do Templo de Byodoin em Uji (prefeitura de Quioto).
A semelhança de vários países do mundo também as notas japonesas têm impressas figuras ou personalidades que foram importantes para a sociedade japonesa. As notas existentes actualmente no Japão são: 1.000 yenes (representa o médico Hideyo Noguchi), 2.000 yenes (representa ), 5.000 yenes (representa a escritora Ichiyo Higuchi) e 10.000 yenes (representa Yukichi Fukuzawa).
As moedas de 500 ienes são provavelmente as moedas mais valiosas em uso regular no mundo. Em várias ocasiões, moedas especiais são feitas usando ouro e prata, com vários valores. Apesar de poderem ser usadas, elas são tratadas como objecto de colecionador.
Escrito por: Fernando Ferreira