Se perguntarem a um japonês qual é o objecto mais importante para eles e que usam diariamente, mais de 80% responderiam o telemóvel. A resposta, possivelmente seria a mesma em qualquer país industrializado, mas no Japão é diferente. O mundo “mobile” é vastíssimo e praticamente tudo funciona a partir desta pequena “caixa”.
Line é um mangá criado por Yua Kotegawa de apenas um volume que se insere no estilo shounen, ou seja, mais direccionado para um público maioritariamente masculino, e que nos conta um episódio que aconteceu com Chiko, uma rapariga colegial que ao ir para a escola de manhã encontra um telemóvel abandonado. Como já estava atrasada para as aulas acaba por levar o telemóvel consigo.
No mesmo dia, o telemóvel toca e do outro lado uma voz desconhecida avisa-a que a uma determinada hora alguém irá morrer na estação de metro. Pouco tempo depois, uma nova chamada e a mesma voz diz-lhe para se despachar porque no cimo de um telhado está outra pessoa a preparar-se para cometer suicídio.
É assim que Chiko se dá conta que poderá ser a única pessoa que pode evitar estas mortes, mas isso não acontecerá. Com ela para solucionar estes estranhos telefonemas está Bando, uma das raparigas da sua turma com quem nunca tinha falado. Ambas estão numa autêntica corrida contra o tempo evitar as mortes que a desconhecida voz vai anunciando.
Com um estilo cuidado, limpo e que atrai visualmente, Line podia ter sido expandido para mais um ou dois volumes. Toda a história acontece demasiado rápida e o argumento é “simples”, razões suficientes para ficarmos com a impressão que nos soube a pouco.
Yua Kotegawa, que apenas com 20 anos viu os seus trabalhos serem premiados com dois segundos lugares em concursos para jovens artistas, Mankatsu e Young Jump’s Monthly.
Iniciou a carreira com histórias curtas, até ter criado Ottori Sousa, que veio a receber o referido segundo no concurso da revista Young Jump’s Monthly, no entanto o seu trabalho mais conhecido é o mangá Anne Franks.
Autor: Fernando Ferreira