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Ergo Proxy

Depois de surpreender meio mundo com a brilhante animação de Samurai Champloo, o recente estúdio japonês Manglobe alcançou quase o mesmo sucesso com o anime Ergo Proxy, uma série “dark sci-fi” que superou e ainda supera em muito a qualidade das produções actuais.

Com realização de Shukou Murase (Gasaraki, anime já transmitido na televisão portuguesa e Argento Soma) e a música de Yoshihiro Ike (Blood e Dead Leaves, dois animes que podemos encontrar em edição portuguesa), pode-se dizer desde já que o ambiente futurista está garantido.


A acção decorre em Romudo, uma cidade coabitada por robôs e humanos e onde existe um controlo total sobre eles. Como tal, não necessitam de emoções e o crime é coisa que não existe. Contudo, ocorre um misterioso homicído e será Rill Mayer, uma jovem detective do Departamento de Informação dos Cidadãos, a responsável por desvendar o caso. Juntamente com o seu companeiro Iggy, um robô de grande estatura descobrem muito mais do que era previsto.

Por trás do homicídio sucedido suspeita-se que esteja um vírus de nome Cogito, que provoca o aparecimento de emoções nos robôs, o que certamente trará intranquilidade à cidade de Romudo.

Provavelmente relacionado está também um monstro que despertou e fugiu de uma instalação secreta, após muito tempo sem dar sinais de vida. O seu nome é Proxy e decidiu perseguir Rill. Porquê?


Embora à primeira vista pareça uma mistura entre os filmes “The fifth Element” de Luc Besson e “Equilibrium” de Kurt Wimmer, Ergo Proxy promete muito mais do que isso, quer seja pelo carísma das personagens, quer seja pelo complexo e bem construídos ambiente. A premissa pode carregar muitos “clichés”, mas já Samurai Champloo os tinha e mesmo assim funcionou muito bem.

Embora o protagonista seja uma mulher, a série não é orientada para o “fan-service”, o que poderá desagradar alguns dos fãs. Isto porque uma das razões pela qual GITS (Ghost In The Shell) ainda funciona chama-se Makoto Kusanagi. Mas há sempre a hipótese…


O “artwork” e o “chara design” da série são muito bons e é um dos aspectos que chama mais à atenção, o outro ponto bem positivo são as músicas escolhidas para a abertura (Kiri dos MONORAL) e de encerramento (Paranoid Android dos Radiohead) dos 23 episódios.

Como nota final, pode interessar a alguns fãs saber que Ergo Proxy foi transmitido no canal WoWoW durante o ano de 2006 e que já está licenciado nos Estados Unidos, pela Geneon Entertainment.

Autor: Sérgio Moço

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