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Ayu no Monogatari

Muitos de nós já leram muito manga, de todos os tipos. O género Josei é apelativo a alguns, pelo conteúdo mais adulto que o Shoujo, mas mais violento/chocante que o último. Deep Love ~Ayu no Monogatari~, criado por Yoshi e Yoshii Yuu, talvez pudesse estar incluído nesta categoria.


Ayu, uma adolescente japonesa estudante do secundário, vive uma vida sem qualquer significado. Vende o corpo (enjo kosai, nome dado a um estilo de prostituição comum entre as jovens japonesas), como um emprego, pois vive sozinha. Não o faz contra a sua vontade, mas ao mesmo tempo odeia o “mundo podre” em que vive, perguntando-se pelo significado de tudo. Até que ela conhece uma senhora de idade que irá mudar a sua vida…

Deep Love não é para toda a gente. A série original, de dois volumes, começa imediatamente com uma cena de Ayu com um cliente num hotel, portanto não aconselho a ler num sítio onde a vossa mãe possa aparecer. Há cenas de sexo e extrema violência (especialmente numa das sequelas). Aqui não há acontecimentos pintados com flores – é a realidade nua, crua, particularmente brutal, de Ayu e das pessoas que vai encontrando. É difícil de ler, mas não vão encontrar uma história que se consome e deita fora.


A história começou por ser publicada na revista feminina Betsufure (Kodansha) entre os meses de Maio e Setembro de 2004. Depois foi publicada em 2 volumes. Ainda existem duas sequelas a Deep Love: Host, que conta a história de Yoshiki após os acontecimentos de Deep Love; Reina no Unmei, no mesmo período que Host, mas sobre Reina, a melhor amiga de Ayu. Existe também uma prequela/spin-of sobre Pao, o cão, chamada Pao no Monogatari. Ainda não tive a oportunidade de ler este último, mas suponho que explique o que aconteceu a Pao antes de ter encontrado Ayu.

Não consigo descrever esta série de mangas sem entrar em detalhes ^^ Chorei como se não houvesse amanhã enquanto o lia, porque, acima de tudo, este foi, sem dúvida, uma das histórias mais tristes que alguma vez li…


Não aconselho a toda a gente, pela violência e grafismo. Mas se algum dia tentarem ler Deep Love, asseguro-vos que não esquecerão esta história amarga, de uma rapariga que tenta sobreviver no nosso mundo.

Autor: Inês Carvalho

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