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Shuffle

Produzido pela editora Navel, Shuffle é um bom exemplo de um “true love ero game” em que todos os estereótipos típicos do género estão presentes, mas que através de uma boa dinâmica consegue mesmo assim ser atractivo.


A história do Shuffle tem lugar num mundo aparentemente igual ao nosso mas em que existe uma ligação para o mundo dos deuses e dos demónios e onde estes se misturam com humanos em aparente paz e amizade.

Rin Tsuchini, o nosso protagonista vivia uma vida normal de estudante até acabar por ser o alvo do interesse de duas princesas e dos respectivos pais que são os reis do mundo dos deuses e do mundo dos demónios. Este facto irá alterar completamente a sua vida e passará infelizmente a ser o alvo da inveja da escola toda.

O primeiro facto que temos de analisar em relação ao Shuffle é que a narrativa nunca se torna muito séria ou profunda. Existem momentos emocionais no Shuffle mas nunca são o centro das atenções, ao contrário do jogo Da Capo onde a história se alongava às vezes até de mais, existe quase que uma sequência de momentos mais do que uma longa história.


Praticamente não há espaço para grandes contemplações ou grandes monólogos aqui existe sim grandes doses de bom humor e as várias heroínas mesmo ao serem algo de não muito original dentro dos tipos que costumam aparecer como a amiga de infância que trata de quase tudo ou o já típico elemento “loli” estão bastante bem construídas e tem histórias interessantes com um par de surpresas pelo meio.

Talvez as várias histórias possam parecer muito curtas mas acabam por ser intensas com bastante piada e nunca ficam aborrecidas e isto talvez seja o ponto forte do Shuffle o não fazer nada de realmente novo mas conseguir ter piada e dar vida a personagens interessantes com boas histórias para contar.

Quanto a música nada de realmente extraordinário mas também nada de horrível bom tema inicial que fica no ouvido e um bom uso do som juntamente com o humor realmente acaba por dar vida a certos momentos e é muito engraçado.

Quanto ao visual muito bem conseguido, onde os fundos não se destacam, mas o “chara-design” está muito bom é um dos elementos mais atractivos do jogo. É difícil não se sentir atraído pela beleza das heroínas, nada de exageros nas proporções, desenho bastante equilibrado, ou seja, dito isto em poucas palavras beleza pura. As cenas eróticas são poucas e dentro do género leves e não são o centro das várias histórias.


Para concluir o Shuffle consegue um bom equilíbrio entre os seus vários elementos e é recomendado para quem nunca jogou nada deste tipo. Simplesmente não estejam a espera de algo de muito profundo ou filosófico, pois o ponto central no jogo Shuffle é a diversão pura e nisso ele é realmente bom. A tradução ficou a cargo da Manga Gamer, está bem conseguida e provavelmente é um dos seus melhores trabalhos.

Autor: Roberto Rodrigues

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