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[Entrevista] : Visual Jam

Falta pouco mais de mês e meio para Portugal receber o primeiro concerto de Visual Kei trazido pela promotora de concertos Visual Jam. Por isso decidimos ir atrás dos seis responsáveis e conversar com eles para sabermos o que vêm para aí nos próximos tempos…


01. A primeira pergunta é inevitável. O que é a Visual Jam e porque é que surgiu a ideia de a criar?

Ella: A Visual Jam é o sonho “materializado” daquilo que nós queremos ter em Portugal a representar o Visual Kei.

Kiaiku: A Visual Jam resultou de um processo natural de vivências e experiências adquiridas num grupo de pessoas que se envolveram desde há algum tempo para promover o movimento Visual Kei em Portugal. Criou-se então este projecto de forma a conseguir cumprir objectivos que tínhamos já em mente e agora conseguiremos realizá-los.

BaRu,,: Nos últimos anos vários eventos com vista a divulgar a música japonesa tiveram lugar no nosso país mas não existia nenhuma organização que tivesse organizado concertos com bandas japonesas e a oferecer produtos até ao nosso surgimento. A Visual Jam surgiu como forma de dar resposta a esta lacuna latente em Portugal na cena Visual Kei.

Maeve: A ideia surgiu pois sentimos que deveria haver uma organização que fosse arrojada o suficiente para levar as coisas mais longe, como por exemplo, trazer bandas Visual Kei que nunca antes passaram por terras lusas.

02. E quem são as pessoas que estão por detrás da Visual Jam? E o que fazem diariamente?
BaRu,,: A Visual Jam é composta por 6 pessoas (BaRu,, , Kiaiku, Maeve, Ella, Odete e Jani). Todos nós ocupamos parte do nosso tempo a realizar variadas tarefas mas todos temos outros trabalhos e outras ocupações, não podendo infelizmente estar 24/24 horas dedicados a Visual Jam. No entanto organizamos bem o nosso tempo, conseguindo até ao momento cumprir todos os objectivos que nos propusemos.

Kiaiku: Na grande maioria são pessoas que se uniram e cresceram juntas desde que têm conhecimento deste movimento portanto sabemos lidar bem uns com os outros e deve ser por isso que este projecto funciona tão bem. Diariamente temos sempre algo para fazer para a Visual Jam portanto estamos sempre ocupados.

Jani: Diariamente, uns de nós têm outros empregos ou actividades fora do núcleo Visual Jam porém, tem sido sempre possível a conciliação destas actividades com o crescimento da Visual Jam que, apenas com 7 meses, já tem mostrado o quanto vale.

03. Presumo que todos os membros da Visual Jam gostem do Japão. O que vos atrai mais é apenas a musica ou a cultura japonesa também vos interessa?
BaRu,,: A mim pessoalmente atrai-me o Japão no seu todo, antes de conhecer a música já gostava bastante do Japão e já sonhava visitá-lo. No entanto confesso que é a música e a cena Visual Kei em particular que me atrai actualmente mais no Japão.

Ella: O meu interesse pelo Japão deve-se, em parte, aos factores beleza e exigência fortemente vincados na cultura e tudo o resto produzido pelos Japoneses. A conjugação ideal entre o tradicional e o contemporâneo é também uma das coisas que mais me atrai na cultura nipónica. Uma espécie de equilíbrio perfeito entre opostos que se revela altamente funcional e bem-sucedido. A música é, indubitavelmente, o meu maior interesse, mas não posso negar que toda a atmosfera que constitui o Japão dos dias de hoje é algo que me encanta e que quase se tornou uma presença constante no meu dia-a-dia.
Criam-se hábitos e formam-se subculturas sendo todos nós influenciados uns pelos outros É assim que funciona.

Odete: Sempre me atraiu a cultura asiática, mais particularmente a do Japão. Desde que comecei a ouvir Visual Kei que o meu interesse tem crescido, com mais ênfase na música.

Kiaiku: Quando se fala em música estamos obrigatoriamente a falar de cultura e neste caso da cultura japonesa. Penso que pela música, acabamos sempre por absorver vários aspectos da cultura em que a música se insere.

Maeve: Para mim, o mais importante de tudo é sem dúvida a música. Para mim a música não conhece quaisquer barreiras, contudo, é impossível gostar de Visual kei e não gostar da cultura japonesa no geral, pois acho que estão intrinsecamente ligados, pois se não fosse à maneira japonesa, não seria Visual kei. Estivemos algum tempo no Japão o ano passado, que contribuiu ainda mais para uma paixão mais intensa por esta cultura, tendo acesso também aos seus aspectos menos bons, resumindo e concluindo, adoro a cultura japonesa.

Jani: Sem dúvida que o que mais me atrai é a cultura japonesa em si. Obviamente, falando em cultura, abrange-se também a música dessa mesma cultura.

04. Tenho a ideia que o grande número de pessoas que ouve música japonesa apenas conhecem alguns artistas que fazem os temas de abertura ou de encerramento das séries. São da mesma opinião?
BaRu,,: Penso que isso está a mudar. Cada vez existe um maior número de pessoas que conhecem e procuram bandas que nunca fizeram qualquer tipo de trabalho para Anime. Eu por exemplo, as primeiras bandas que conheci foram os Moi Dix Mois e os Malice Mizer, bandas que me despertaram interesse, não tendo esse facto nada a ver com o Anime para mim na altura.

Ella: Não, absolutamente. Pode funcionar como estímulo para algumas pessoas. É normal que isso aconteça, mas não penso que seja regra.
Tenho visto vários casos onde as séries de anime não entram na forma como as pessoas conhecem as bandas e o estilo de música.

Kiaiku: O que penso é que na maioria dos países ocidentais não dão mérito à música japonesa. A maioria das pessoas ouve uma música japonesa mas não sabe reconhecer tal facto. No campo onde a música japonesa é mais reconhecida é provavelmente nos jogos electrónicos onde os compositores da trilha sonora são conhecidos pelo seu nome e também a sua existência física é conhecida.

Maeve: Na minha opinião, os casos que se dão de pessoas que apenas conhecem músicas ou artistas que fazem parte de openings e endings de Anime deve-se ao simples facto do seu maior interesse ser o Anime, pelo menos dentro da cultura japonesa. O meu primeiro contacto com a música japonesa, mais especificamente foi tal como disse o BaRu,, Moi Dix Mois e Malice Mizer que rapidamente captaram a minha atenção. Tento ser uma pessoa ecléctica, respeito todos os géneros de música e acima de tudo tento abrir os meus horizontes para novas sonoridades e é com este pensamento que se fez a grande maioria dos fãs de Visual kei em Portugal. Não digo que não exista algum tipo de ligação entre si em termos do interesse do público, porém são coisas muito distintas.

05. E fazem alguma coisa para que este número de pessoas aumente?
BaRu,,: É para isto que a Visual Jam trabalha. Reconhecemos que já foram efectuadas algumas iniciativas para divulgar a música japonesa no geral em Portugal mas pensamos que muito mais terá de ser feito, principalmente no âmbito do Visual kei. Acreditamos que Portugal terá cada vez mais e melhores fãs.

Ella: A VJ não quer só agradar aos fãs da cena, mas também mostrar aos curiosos, ou àqueles que procuram algo novo, no que consiste o Visual kei.

Kiaiku: Neste momento temos uma loja online que vende produtos oficias de bandas Visual kei e temos agendado um concerto. Penso que o número tenderá a aumentar e chegará a uma altura em que poderemos trazer mais artistas e criar um maior impacto.

Maeve: É actualmente um dos objectivos da Visual Jam. Expandir a música japonesa a um meio mais amplo. Alegra-nos o facto de já termos tido “feedback” bastante positivo de pessoas que nunca antes tinham ouvido música japonesa e ficaram a gostar de algumas bandas durante as duas festas que demos n’O Covil Bar em Almada.

06. Como vêem o panorama nacional em relação à música japonesa?
BaRu,,: Portugal talvez seja neste momento um dos países da Europa que mais ignora a música japonesa. Mas acreditamos que este cenário irá mudar e é para isto que cá estamos.

Ella: Honestamente, penso que em Portugal existe muita gente com um forte potencial para a música, no entanto a questão é a mesma de sempre: mentalidades, ainda mais num género tão particular como o Visual kei.
O meu conselho e lema de trabalho relativamente à Visual Jam é: É preciso muito esforço, muita vontade e muito amor à camisola. A projecção que desejamos pode estar longe, mas só chegará com o nosso trabalho. Trabalho esse dos músicos, dos fãs, das promotoras, editoras e tudo aquilo que circula à volta de um tipo de música.

Kiaiku: Será um longo caminho até a música Japonesa ser aceite na cultura ocidental e em Portugal mais longo será. Simplesmente queremos apanhar o ritmo de outros países europeus que se dedicam ao mesmo.

Maeve: Em constante crescimento. Acho que é uma altura esplêndida para começar o movimento em Portugal desta vez com apoios internacionais.

Jani: Neste momento, o panorama europeu é, sem dúvida, mais aberto e disponível para novidades. O panorama nacional sempre foi um pouco mais conservador, aberto à mudança porém, uma mudança que vai surgindo como que timidamente. Acredito que a música japonesa venha a ter mais fãs em Portugal. Nesta linha, a Visual Jam trabalha um pouco, todos os dias, no sentido de ajudar as máscaras mais tímidas a caírem e espalhando a semente “Visual kei” neste solo que tem mostrado poder ser tão fértil.

07. Acham que há mercado suficiente para a música japonesa em Portugal? E em relação ao Visual-kei e J-rock?
BaRu,,: Apesar de reconhecermos que os fãs ainda são poucos, sabemos que são mais do que aqueles que eventualmente se pode pensar. Penso que é a altura certa para começar a apostar neste mercado em expansão.
Ella: Em Portugal é difícil ter um mercado verdadeiramente proveitoso em qualquer estilo de música, mas nós estamos a trabalhar para que a música Japonesa tenha sucesso e para que consigamos providenciar aquilo que os fãs querem/ precisam. Procuro não pensar exaustivamente na questão do mercado, mas sim em trabalhar arduamente para que o que for realizado seja executado na perfeição. Na Visual Jam, procuramos oferecer qualidade ao invés de quantidade.

Kiaiku: A maioria dos mercados são insuficientes em Portugal mas preferimos criar algo mesmo que seja pequeno, se torne algo organizado e unido para que se crie uma base fixa e leal. O Visual Kei é uma indústria bastante independente e “underground” mas de facto é a que está a exportar mais para o ocidente.

Maeve: Á primeira vista, responderia automaticamente não. Porém, analisando a situação com maior profundidade, nota-se um crescimento, uma evolução de por exemplo há quatro anos atrás onde a cena não era tão divulgada e os fãs eram em número muito menor. Tenho absoluta certeza que tal como o resto da Europa, Portugal irá acabar por render-se ao Visual Kei e Rock vindo de terras nipónicas.

Jani: Nos últimos tempos tem se notado uma clara expansão de fãs deste género. Muitas vezes o problema não se encontra em haver, ou não, mercado suficiente, mas sim no comportamento das pessoas. Talvez, até agora, os fãs de Visual Kei ainda não se habituaram à máxima de que “a união faz a força”. Acredito que o tempo mude esta realidade.

08. Há uns 3 anos assistiu-se a um pequeno boom de bandas portuguesas recriar a estética e o estilo musical das bandas japonesas de Visual Kei. Como é que vocês vêm este fenómeno?
BaRu,,: O aparecimento destas bandas prova que existe interesse em tocar e divulgar a música japonesa. Algumas destas bandas já começam a ter um número um pouco significativo de fãs e de público. No entanto, penso que as bandas portuguesas ainda têm muito trabalho pela frente principalmente no que se refere ao Visual. Terá de haver uma maior motivação e empenho por parte das bandas portuguesas para um dia poderem ser comparadas com outras bandas do género em expansão na Europa.

Ella: Vejo-o com bastante satisfação, pois é sempre uma vitória ver que os nossos compatriotas se aventuraram num universo tão único e quase desconhecido em Portugal.

Odete: Acho que é um facto bastante positivo e penso que deveria existir mais iniciativas do género. Neste momento estamos a apoiar oficialmente a banda Karuniiru no entanto achamos que todas as bandas se devem empenhar para ter sucesso.

Kiaiku: É um fenómeno que irá crescer certamente assim que a Visual Jam conseguir alcançar os objectivos necessários para que possamos trabalhar com bandas Visual Kei que se formem em Portugal.

Maeve: Encaro como uma evolução, a tal que referi a priori. Fico bastante contente que exista cada vez mais interesse em fazer-se música portuguesa com alma japonesa. Acho que adoptar uma maneira mais “nipónica” de fazer as coisas é totalmente positivo pois daí vem mais rigor e perfeccionismo no que se faz.

Jani: É sempre positivo ter bandas nacionais interessadas em produzir música dentro deste estilo e a acreditar que pode ser possível, porque o é. Não poderia deixar de falar em Karuniiru, pois estamos a patrociná-los e a cooperar com eles no seu trabalho.

09. Em Setembro vão ter a vossa primeira prova de fogo. Quais são as expectativas?
BaRu,,: Se o público português for participativo e comparecer em massa no Concerto, a Visual Jam ficará ainda mais motivada para continuar com este projecto e a oferecer cada vez mais bandas do cenário Visual Kei em Portugal. Eu acredito que o Concerto irá ter um sucesso estrondoso.

Ella: Como disse anteriormente, estou muito focada na qualidade do concerto e de todas as condições necessárias para que se realize sem imprevistos, portanto as minhas expectativas são altíssimas. Relativamente ao público, estou a confiar na devoção e vontade dos fãs Portugueses de quererem mais concertos de Visual Kei em terras Lusas.

Kiaiku: Em Setembro será o ponto de partida em relação a este movimento em Portugal. Espero que compareçam para que possamos continuar e evoluir mais ao vosso lado.

Maeve: É uma questão um pouco árdua de responder à altura. As expectativas são imensas, claro que todos trabalhamos tanto para chegar até aqui e queremos imenso que o concerto corra às mil maravilhas tanto para o público quanto para nós e para a banda. Acredito que esta data marcará uma passagem para uma nova era em Portugal no que toca ao assunto de Visual Kei.

Jani: As expectativas são bastante elevadas. Acreditamos que esta prova será o primeiro passo na dimensão que pretendemos que a Visual Jam atinja.

10. Já há novos nomes para futuros concertos?
BaRu,,: A Visual Jam já está a trabalhar para poder trazer mais bandas a Portugal mas mais não podemos revelar.

Ella: Há sempre algo em vista. O nosso trabalho é constante e diário, todavia os véus serão desvendados na altura certa.

Kiaiku: Há sempre algo em mente…

Maeve: Existem pelo menos três nomes. Mais estão em negociações. Tudo dependerá de como correr este concerto. Por agora não podemos levantar mais o véu.

Jani: Já há imensos planos na manga, que serão divulgados na sua devida altura.

11. Na possibilidade de trazer algumas das bandas japonesas mais importantes do panorama visual-kei. Quem seriam os vossos eleitos para visitar Portugal?
BaRu,,: Todas as bandas do panorama Visual Kei que achamos que poderão agradar o público português estão na nossa agenda para um dia as poder trazer a Portugal.

Ella: Como já foi referido, todas poderiam constar da nossa agenda. Não pretendemos estabelecer limites no que toca ás bandas a trazer a Portugal.
Cada um terá as suas bandas predilectas, mas como promotora não temos qualquer restrição não-plausível.

Odete: Na minha opinião pessoal seria X-Japan, LUNA SEA e Megaromania. X-Japan e LUNA SEA por serem das minhas bandas predilectas, encontrarem-se de momento no activo novamente e representarem a fachada dos primórdios do Visual kei. Megaromania é uma banda que está em constante crescimento e já pensaram em concertos fora do Japão. Nenhuma das bandas por agora ainda fez alguma “tour” na Europa, ficaria bastante contente que pudessem, um dia por ventura passar por Portugal.

Kiaiku: Todas as que se encontrarem no activo.

Maeve: Pessoalmente respondo Versailles e D. Sou suspeita por serem as minhas bandas favoritas, porém tenho algumas razões para as ter escolhido: Versailles é uma banda surpreendente que está a fazer um sucesso tremendo não só no Japão como também em todo o mundo. Nesta última “tour” mundial contaram já com um total de 20 mil pessoas, apenas na Europa e América do Sul. Acho que é algo nunca antes feito (penso eu) por uma banda japonesa. Também se deve à Street Team Oficial Portuguesa de Versailles nos pertencer, onde cada vez temos mais inscrições e pessoas a deslocarem-se ao estrangeiro para os ver. Nesta tour foram cerca de cinco ou seis pessoas para Barcelona e Londres de propósito para ver o seu concerto. O número pode não ser muito elevado porém já demonstra a fidelidade de alguns fãs que tiveram hipótese de deslocamento. Penso que, se Versailles passasse por Portugal brevemente iria ter uma larga panóplia de fãs à sua espera.

Quanto a D, acho que é uma banda com um som mais pesado que é capaz de agradar a muitos fãs de metal portugueses. Têm já uma base de fãs sólida no ocidente, só é pena nunca terem saído do Japão para tocar. Gostaria que na sua primeira tour europeia tivessem passagem garantida por Portugal.

12. E projectos a curto e médio prazo que possam ser revelados existem?
BaRu,,: O nosso maior projecto actualmente é o Concerto de el-Ethnic Legist- a 11 de Setembro. Outros projectos nascerão brevemente.

Ella: Em Setembro, não percam, dia 11 os el-Ethnic Legist no Santiago Alquimista em Lisboa. Projectos a longo prazo…Estejam atentos!

Kiaiku: Tenho recebido muito apoio e incentivo desde que a minha “session band” anterior terminou. Como músico tenho em mente em continuar no activo para crescer e poder recompensar-vos o tempo de espera assim que voltar aos palcos ou noutro projecto.

Maeve: Existem. Divulgar cada vez mais o Visual Kei em Portugal. Trazer várias bandas para que o nosso público possa também desfrutar de um concerto Visual kei, que infelizmente a maioria da pessoas ainda não teve oportunidade. Este tipo de cenário tem que acabar imperativa e rapidamente.

Jani: A curto prazo, dia 11 de Setembro teremos el-Ethnic Legist no Santiago Alquimista. Projectos a médio e a longo prazo, serão divulgador na sua devida altura.

Se estiverem interessados em saber mais informações podem visitar o site oficial da Visual Jam em http://visualjam.org/

Escrito por: Fernando Ferreira

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