O nome deste anime é bem comprido, segundo a wikipédia significa “ainda não sabemos o nome da flor que vimos naquele dia” (Ano Hi Mita Hana no Namae o Boku-tachi wa Mada Shiranai, na versão original e que foi abreviado para AnoHana).
É um drama, que conta a história de um grupo de pessoas que no passado eram amigos e após a morte de uma rapariga integrante desse grupo, as vidas dos jovens tomaram rumos que implicaram o afastamento entre eles.
Este anime é uma delícia de se seguir, sempre num ritmo semi-contemplativo, com personagens muito bem construídas, de universos interiores ricos e explorados pela linha da história. Aliás são estes mundos interiores que defronte a aparição a Jinta, o antigo líder natural do grupo que entretanto se tornou um recluso no seu mundo, na sua casa, fazem com que o conto de AnoHana se desenrole.
A autora explora os sentimentos cruzados e a dinâmica do grupo que ficaram reprimidos desde a infância e após a morte de Menma, o fantasma que aparece numa espécie de missão reconciliadora e redentora dos pecados que as diferentes personagens pensam possuir.
Se essa dinâmica de grupo até pode parecer um pouco redutora e até pouco complexa, ou seja compreende-mo-la e possivelmente já vivemos situações similares, na verdade não me recordo de ver algo semelhante noutro anime.
Anaru, Yukiatsu, Poppo, Tsuruko e Jinta vivem na sombra da tragédia que viveram, assim como os pais de Menma, em que a autora explora uma mãe agarrada à memória da filha e que acaba por bloquear a relação com o outro filho.
Apesar de ser uma história dramática, toda a narrativa é-nos transmitida com um tom esperançoso.
Vale a pena sem dúvida ver e ter na nossa “animeteca” esta série de 11 episódios criado pelos estúdios A-1 Pictures (Kuroshitsuji e Fairy Tail) com a realização de Nagai Tatsuyuki e o “design” de personagens da autoria de Tanaka Masayoshi.
Autor: Ricardo Mendes