Este anime propõe-nos um misto de “slice-of-life” com ficção científica, em que acompanhamos o desenvolvimento da relação entre duas raparigas numa escola com internato feminino.
Mari é a única sobrevivente de um desastre em que toda a sua cidade foi dizimada. Quando a sua avó a envia para uma escola feminina, não se sente muito motivada. Lá, faz amigos e descobre uma relação especial com uma rapariga, que se vem a revelar uma entidade alienígena enviada para saber mais sobre a espécie humana, Qual a relação disto com os acontecimentos que levaram à destruição da cidade de Mari?
Infelizmente, o anime falha nas duas preposições sugeridas. Em termos de cenas do quotidiano (ou “slice-of-life”) não há muitos elementos coerentes com o género. A vida na escola não está bem detalhada ou ilustrada, sendo que a acção principal se dá na tentativa de criação de uma peça de teatro para o festival da escola. As personagens secundárias não estão estabelecidas de forma a que o interesse seja captado para esta vertente da história. Do outro lado, temos um pouco de ficção científica, em que existem relações entre personagens um pouco mais fortes. No entanto, também não há grandes explicações sobre quem é esta gente e o que querem de nós.
A animação tem traços simples, que por vezes são suficientemente expressivos, mas que misturados com maquinaria criada em CG fica uma estética realmente muito má. Este misto de técnicas não funciona bem e acaba por aparentar estar a mais, sendo que não se percebe realmente a necessidade de mostrar a tecnologia “alien”, pois pouco se fala dela.
Um ponto positivo desta série de 13 episódios é a banda sonora. O tema de abertura “BLUE” e “Tsubomi – Blue Dreams” (蕾-blue dreams-) são intepretados pela cantora Akiko Tatsumi que adoptou para seu nome artistico, Suara. Durante a série vão surgindo algumas peças contemplativas ajudam-nos a entrar num universo calmo e de poucas expectativas.
O final é bastante interessante, mas dá a sensação de que este anime tem algum tipo de seguimento (talvez no manga?) e que serve como prequela a alguma coisa.
Blue Drop – Tenshi-tachi no Gikyoku estreou na televisão japonesa em 2007 e foi realizada por Ohkura Masahiko (que trabalhou em animes como Mobile Suit Gundam ou Neon Genesis Evangelion) e teve a ajuda de um dos estúdios que dispensa apresentações, Gonzo.
Em resumo, podemos dizer que Blue Drop – Tenshi-tachi no Gikyoku é provável que não capte a atenção de muitos fãs, no entanto se não tiverem mais nada para ver esta série pode ser uma hipótese.
Escrito por: Carol Louve