Lançado no dia 12 de Outubro de 2017, Boku no Kanojo ga Majimesugiru Sho-bitch na Ken (僕の彼女がマジメ過ぎる処女ビッチな件, que na lingua de Camões significa algo como “A minha namorada é uma virgem vadia fiel”). A série tem 10 episódios realizados por Nobuyoshi Nagayama e produzido pelo estúdio Diomedia. A obra é a adaptação do divertido mangá 4-Koma (o equivalente às nossas tiras) de Namiru Tatsumoto editado desde de 2015 na revista Comic Newtype.
Como premissa desta série temos o aluno do ensino médio Haruka Shinozaki que confessa o seu amor para a bela e diligente representante da turma Akiho Kousaka e, para sua surpresa, ela aceita. Maspouco tempo depois Shinozaki percebe que Kousaka pode ser um pouco mais difícil de lidar do que parece.
Quando este anime foi anunciado, houve muita gente (incluindo nós) que disse: “Ah! Lá vem o Ecchi/Harém genérico da temporada”, assistimos o primeiro episódio como é hábito e regra para nós vermos uns 85% ou mais das estreias da temporada, e para surpresa, foi um episódio extremamente divertido com piadas muito divertidas e um par de protagonistas muito engraçados e brincalhões.
O protagonista Shinozaki Haruka é uma pessoa normal como nós e as suas reacções são exactamente as mesmas que temos ao assistir o anime. Com o avançar dos episódios o resto do elenco vai aparecendo e sendo-nos apresentado. A maioria dos personagens é muito maluco e é quase instantâneo simpatizarmos com alguns deles.
Kousaka-san (protagonista feminina) é muito engraçada e contrariando o título do anime ela é super fiel ao protagonista. A sua missão na série é “apenas” fazer piadas com duplo sentindo (e que às vezes as faz sem se dar conta).
A maior crítica que podemos fazer à obra é que ela tem só uma piada, ou seja usa e abusa das piadas de duplo sentindo, onde podemos ver o protagonista a ter reacções 100% realista ao pensar parvoíces. Esta fórmula funciona até mais ou menos uns 15 minutos de episódio, depois fica meio repetitivo e pode tornar-se meio chato. Os personagens secundários levam a sério o facto de serem secundários, pois só dão um ar da sua graça quando o autor se lembra deles (uns aparecem regularmente, mas outros nascem do nada e do nada desaparecem).
A parte técnica é fraca, o realizador apesar da boa equipa que tem para adaptar as situações cómicas do mangá, não consegue manter uma boa produção, com “designs” tortos até na cena de abertura (que é bem chatinha por sinal). Não é desculpa mas penso que será de bom tom dar um desconto porque o estúdio é novo. A banda sonora é bem fraquinha e conta com os temas: “Eien Labyrinth” (永遠ラビリンス) interpretado por Aoi Yūki e “Koi no Himitsu” (恋のヒミツ) por Pua:re, abertura e encerramento respectivamene.
Concluindo Boku no Kanojo (nome abreviado para simplificar) é uma série bem divertida de se acompanhar, no entanto não se destaca em muita coisa a não ser na sua comédia ousada. Se tiverem problemas com o ecchi fiquem descansados que ele mal aparece na série e o que vão ver é praticamente nulo (pouquíssimo fanservice e cenas muito leves) ou inteiramente verbal.
Escrito por: Matheus Alves