É em Novembro de 2012 que aparece Citrus (シトラス leia-se Shitorasu), um mangá do género Yuri (denominação na banda desenhada japonesa para o amor entre mulheres) e ainda continua em publicação na revista Comic Yuri Hime.
Cinco anos mais tarde, o mangá de Saburouta tem direito a uma adaptação para série televisiva. A série foi transmitida entre Janeiro e Março de 2017 com um total de 12 episódios, produzidos pelo estúdio Passione (Rokka no Yuusha, DxD Hero) sob a direcção de Takeo Takahashi (Spice and Wolf e Hinako Note).
Yuzu, uma jovem extremamente vaidosa que nunca namorou ou sequer beijou tem a sua vida virada de pernas para baixo ao ter que se mudar para uma nova escola onde terá que enfrentar regras mais rígidas. Uma escola onde é proibido usar maquilhagem e telemóveis, uma escola feminina bastante conservadora.
Nesta escola Yuzu conhece Aihara Mei, a linda, inteligente e dedicada presidente do conselho estudantil. Mei torna-se a meia irmã de Yuzuku e essa relação próxima traz um turbilhão de novas sensações. Tudo piora quando Mei rouba um beijo de Yuzu, o que a deixa bastante excitada e confusa.
Citrus é um mangá muito elogiado e por isso quando anunciaram o anime houve um certo “hype”. No entanto, hoje pergunto o por que de eu ter visto a série até o final, pois mais de 70% do anime achei chato ou forçado. O argumento parece seguir uma fórmula inicialmente aceitável, só que ao longo dos 12 episódios o anime torna-se repetitivo e entediante. É sempre a mesma coisa: Mei está com problema e a Yuzu resolve, elas abraçam-se e ficam super amigas e dois minutos depois a Mei já está a tratar Yuzu como um pedaço de m***a.
Esta fórmula é inicialmente funcional, mas depois do primeiro arco passa a incomodar. As personagens no geral são genéricas e sem sal, a Mei é fria com tudo e todos, a Yuzu é uma “tótó”, a Harumi que é uma personagem secundária mostra mais carisma que as protagonistas. E a coisa que mais irrita em Citrus é que não tem consequências para nada. O arco da Matsuri (a personagem chata) é um exemplo, ela faz imensas asneiras e saí praticamente impune, e esta situação tira totalmente o impacto da obra que por muitas vezes aposta bem mais em “fanservice” do que realmente num argumento bem escrito que se possa dizer: Este é um óptimo yuri!
Quanto à parte técnica da série, Citrus tem uma animação fluída q.b., a banda sonora é consistente apesar de que só se fazem verdadeiramente sentir presente nos dois primeiros episódios. O “chara design” é mediano e acredito que possa não agradar a outros fãs.
No geral Citrus passa a sensação de: ainda bem que acabou! Esta série é “igual” a Netsuzou Trap e outros do género, fazendo de Sakura Trick de 2014 um dos melhores animes yuri. Por fim a recomendação que posso fazer é que leiam o mangá, que é bem melhor!
Escrito por: Matheus Ferreira