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Coppelion

Era o anime para o qual tinha mais expectativas, de todos os da season de Outono (2013). Veio a revelar-se um desapontamento.

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A cidade de Tóquio foi destruída num desastre nuclear. Devido a este tema delicado, a série chegou a ser adiada aquando o desastre de Fukushima, sendo que passou agora. Ninguém pode viver nesta cidade se não estiver protegido por fatos especiais. Excepto os Coppelion, humanos geneticamente modificados para sobreviverem aos ares nucleares. Acompanhamos um grupo de três moças que, na sua farda de colégio Coppelion, procuram pessoas normais que ainda possam estar perdidas na cidade.

Isto era ao início. O início prometia. Antes de mais, os cenários eram qualquer coisa de maravilhoso e lindo. Imensamente detalhados e numa perspectiva pós-apocalíptica original, em que o mundo urbano foi dominado por plantas. No entanto, as personagens não se integravam com este cenário de traços delicados: as suas linhas limítrofes eram muito grossas, estavam a “bold”.

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De certa forma, isto dava uma estética única à série e, por isso não me importei. Mas à medida que foi progredindo, os traços dos cenários foram perdendo a supremacia e as personagens passaram a ser o elemento mais importante. Também passaram a ser desenhadas de forma mais fina e, assim, a distinção boneco-fundo passou a ficar muito difusa. Isto não foi uma vantagem, porque apenas nos fez reparar nos defeitos da animação, em vez de chamar a atenção para as partes boas, que eram as referentes à estrutura cénica.

O mesmo se passou com a história. Ao início, era uma viagem melancólica de três raparigas, encontrando pessoas diferentes com histórias de vida diferentes. Mas há um momento de viragem em que, de episódico, o anime passa a ter uma história concreta, que é a de salvar um grupo de pessoas que inclui uma grávida. Enquanto fogem de duas Coppelion malucas e de uma organização que quer matar toda a gente. As razões por detrás destas atitudes está mal concebida, é demasiado fácil e, no caso da organização, está mal explicada.

A isto se adicione uma mudança profunda na personalidade das personagens. Estavam bem estabelecidas, na realidade bem estabelecidas demais. O grupo era a Sensível, a Fixe e a Infantil. À medida que a série progride, as suas características acabam por se misturar. O resultado é muito choro, muitas lágrimas, muito ranho, muitos gritos. A qualquer momento, elas podem começar a chorar e a gritar. Sem razão para além de “esta situação com estas pessoas que não conhecemos é muito muito triste”.

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Em Setembro de 2010, na 40ª edição a Weekly Young Magazine anunciou a adaptação do manga para a versão animada e 3 anos mais tarde, a 2 de Outubro de 2013 a série começou a ser transmitida na televisão japonesa. Foi realizada por Shingo Suzuki nos recentes estúdios da GoHands.

Assim, a nota que lhe dou, a minha média, só pode existir devido ao brilhantismo da arte no início da série. Se recomendasse, recomendaria apenas os três primeiros episódios. Tudo o resto, não vale a pena. Este podia ter sido o melhor anime da season, mas….
… o que aconteceu ao cão?

Escrito por: Carol Louve

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