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Death Billards

Na sequência do Anime Mirai deste ano que falamos no artigo da curta metragem Little Witch Academia (ler artigo) continuamos com mais um filme num registo mais filosófico e contemplativo que saiu inserido no projecto que ajuda os jovens artistas japoneses a fazerem animação no próprio país, sem recorrer a estúdios fora do Japão.

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Um homem e um senhor velhote vão parar, sabe-se lá como ao Queen Decim, um misterioso bar decorado com umas alforrecas num aquário. É-lhes dito que não podem sair dali até jogarem um jogo de bilhar. E que devem jogar como se tivessem a vida em jogo. E jogam. O anime foca-se sobretudo na visão do jogo do homem mais novo, o que torna o foco um pouco unilateral. Os personagens revisitam o seu passado (e aí percebemos também um pouco sobre o velhote) e o jogo desenvolve-se para além da mesa. Termina com algumas afirmações que, desesperadas, atentam sobre a vida em geral.

Assim, temos um jogo psicológico muito interessante, se bem que foram as cenas de “flashback” que fizeram o filme para mim. Achei que as frases finais foram um pouco forçadas e que a conversa entre os dois empregados de bar quebrou um pouco a força das ideias que este anime tencionava transmitir.

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É certo que a situação referida (que não posso dizer, para não estragar) é mesmo um mistério, mas foi irritante não saber pelo menos o que disse o velhote.

A animação tem bastante CG, que não fica muito mal por causa da perspectiva em que é apresentado. A luta está bem animada, mas os fundos – bastante complexos, diga-se de passagem – acabaram por ficar com uma tridimensionalidade um pouco desagradável para o meu olho esquerdo (direito tudo bem). Banda sonora é quase nenhuma, apenas efeitos que acrescentam ao visual.

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Na equipa de produção está Yuzuru Tachikana (que até à data tinha participado em animes como Attack on Titan, Sword Art Online entre outros como storyboarder) e o design de personagens ficou a cargo de Shinichi Kurita (artista já com algum curriculum). Os estúdios que apadrinharam este projecto foi a Madhouse que dispensa qualquer tipo de apresentações para os mais familiarizados com o mundo da animação japonesa.

Em suma, Death Billard é um filme de animação muito interessante e inesperado. 25 minutos de animação que valem a pena.

Escrito por: Carol Louve

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