Comecei a ver este anime porque achei as capas da “light novel” Death March fantásticas. Lançadas em 2014, escritas por Hiro Ainana e ilustradas por shri a obra está catalogada dentro dos géneros fantasia, harém e aventura e foi publicada em inglês pela editora americana Yen Press, bem como também a versão mangá. Quatro anos mais tarde teve finalmente a sua adaptação televisiva pelos estúdios Silver.
A série que tem como título completo Death March Kara Hajimaru Isekai Kyōsōkyoku (デスマーチからはじまる異世界協奏曲) conta a história de Suzuki, um programador adulto que misteriosamente é transportado para um mundo de fantasia onde passa ter a aparência de um adolescente de 15 anos. Confuso, ele leva um tempo a adaptar-se a esta nova realidade e novo mundo, mas depois de subir vários níveis e ganhar bastante dinheiro através de uma magia limitada especial, tenta ter uma pacata e tranquila. No entanto, ele nem imagina que podem existir alguns monstros poderosos e um senhor das trevas que podem “facilmente” acabar com os seus planos.
Como todo Isekai (outro mundo) Death March começa de uma maneira genérica, no entanto conseguimos encontrar alguns pontos que conseguimos diferenciar da maioria dos Isekais. Um desses pontos é que em vez de encontrarmos acção temos sim um “slice of life”, isto para alguns poder ser bastante interessante mas para um outro tipo de público pode ser uma péssima escolha. O protagonista Suzuki Ichirō/Satou Pendragon (que tem a voz de Shun Horie) não é dos mais carismáticos, mas as heroínas à sua volta conseguem compensar os níveis de carisma, ou mesmo aumentá-los visto que quase todas elas são bem carismáticas.
Quanto à parte técnica, notam-se alguns problemas e talvez seja aqui que alguns fãs possam abandonar a série. Os episódios não tem uma qualidade constante, ou seja uns estão muito bonitos enquanto que outros a animação fica bastante a desejar. Não imaginamos qual o motivo porque isto se sucedeu, mas uma das respostas e talvez tenha sido a falta de tempo na produção, isto porque se olharmos para o staff que produziu a obra temos Shin Oonuma, um bom realizador que foi também responsável por Fate/Kaleid e tem uma animação muito bonita e um dos melhores usos de CG que já vimos.
O “design” de personagens é muito bom, excepto do protagonista, que é muito, mas muito genérico. Os restantes personagens estão interessantes bem como toda a parte de “backgrounds” e algumas cenas de acção.
A banda sonora criada por Monaca não empolga o espectador, mas também não causa estranheza. Temos ainda “Slide Ride” interpretado pelas Run Girls, Run! e “Suki no Skill” pelas Wake Up, Girls!, como temas de abertura e encerramento respectivamente.
A série estreou em Janeiro de 2018 e ficou concluída em Março do mesmo ano, possui 12 episódios com realização de Shin Oonuma (Fate/Kaleid).
Em resumo, Death March é uma experiência muito boa, leve, relaxante e divertida. Mesmo com todos os clichés do género a série é bem original em muitos pontos, por esse motivo acho que vale a pena darem uma oportunidade.
Escrito por: Matheus Alves