Vitorian Romance Emma (Eikoku Koi Monogatari Emma, na versão japonesa) é a adaptação do mangá de Mori Kaoru (autora de Shirley, que também se passa no mesmo período histórico que Emma) que relata o romance não aceite entre diferentes classes sociais. William Jounes, é o herdeiro de uma família da alta burguesia e Emma, uma simples criada.
Para tornar a vida destes dois, aparece Hakim, um príncipe indiano excêntrico para a sociedade inglesa da época, que também se apaixona por Emma e Elenor, filha de um visconde cuja união com William é vista como muito benéfica para as duas famílias.
É um anime sumptuoso no que diz respeito à qualidade visual e riqueza de cenários. Estes respeitam uma reconstituição histórica bastante rigorosa e detalhada (os padrões das porcelanas, os chapéus de sol, todo o vestuário da época e caracterização prima pelo bom gosto e por pequenos pormenores que nos trazem um sorriso aos lábios), complementada com vários detalhes sobre o dia-a-dia de Londres no período vitoriano.
O “chara design” tem uma influência bem visível dos animes da década de oitenta. A banda sonora compassada e lenta, está bem enquadrada com o tipo de história. O tema de abertura e o tema final são pequenas peças instrumentais clássicas compostos por Ryo Kunihiko; também responsável pelo tema final de Fantastic Children.
Um elenco fantástico, no qual se destaca a consagrada Touma Yumi (Urd de “Ah Megami-sama!”; Ann de “Bishoujo Senshi Sailormoon R”, Hijiri de “Air TV” a dar voz à tímida Emma.
Um dos responsáveis para que este anime seja diferente, é o realizador Kobayashi Tsuneo que não é nenhum estranho para quem conhece os seus anteriores trabalhos, como é o caso de um dos mais intrigantes épicos dramáticos da história do anime: Juuni Kokuki.
Emma poderá ser uma alternativa a um anime mais adulto, com uma temática centrada no amor e nas relações entre classes sociais da época. A ver!
Autor: Fernando Ferreira