Conta uma velha lenda que Gilgamesh era um tirano que reinava em Uruk e oprímia os seus súbditos. Estes fizeram uma queixa a Anu, um Deus que decide encarnar a forma humana para lutar contra Gilgamesh e poder libertar o povo de Uruk.
Apesar da vitória, Gilgamesh fica amigo de Enkidu, e juntos decidem acabar com todo o mal. Por designio dos Deuses, Enkidu fica doente e morre. Gilgamesh revoltado e não contente com o acontecimento ínicia a sua viagem em busca da imortalidade. Tudo isto segundo reza o poema “A Epopeia de Gilgamesh” (poema assírio que narra o mito que ocurreu no terceiro milénio antes de Cristo).
Estamos agora no século XXI, um ataque terrorista provoca uma alteração no campo magnético do Planeta Azul (Terra), criando assim um novo céu e que impede aos seres humanos o uso de qualquer aparelho que use o sistema eléctrico e torna a Terra de novo num caos. Este ataque ficou conhecido como Twin X, uma recordação ao sucedido em 11 do Setembro. Agora a Humanidade depende de si mesma para sobreviver.
É este cenário caótico que leva a mulher do professor Enkidu a entrar em depressão profunda e a arruinar-se. Já no seu estado “terminal” estabelece ligação com um grupo bastante estranho que se dedicavam a perseguir crianças para extracção de orgãos. Uma dessas crianças é Tatsuya (o filho mais novo)…
A partir daqui a série atira-nos para um mundo onde nos mostra a vivência dos jovens daquela época, jovens que nunca viram o verdadeiro azul do céu. Alguns destes jovens são possuidores de incriveis poderes psiquicos (conhecido por Dynamis), e tentam mostrar como a humanindade luta por sobreviver num mundo em ruínas e que precisa de ser reconstruído.
Relativamente aos aspectos técnicos, a série aprensenta-nos uma enorme quantidade de cenários apocalipticos, cidades totalmente destruidas, edíficios que se desmoronam a cada dia que passa, ou habitações obscuras timidamente iluminadas pelas luzes de velas. Os combates não são nada do outro mundo, mas também não nos deixam indiferentes.
Da autoria de Ishinonori Shoutarou (Cyborg009) algumas semelhanças podem ser encontradas nesta série, já que o seu realizador é Murata Masahiko (Serial Experiments Lain). Também o “chara design” ficou a cargo da dupla Okuse Saki (Teizoku Rei DAYDREAM), Takeya Takeyuki (Divergence EVE).
A banda sonora ficou a cargo de Wada Kaoru e consegue descrever e transmitir exactamente o ambiente que se vive na série. De destacar é o excelente opening interpretado por Koda Yumi (Final Fantasy X-2).
Também o elenco de seiyuu é de luxo e alguns artistas se destacam como é o caso de Kobayashi Sanae que interpreta a personagem de Mimiro Fuuko (entre outros trabalhos destaca-se Najica Dengeki Sakusen, actualmente a ser transmitido pelo canal SIC R) e Saiga Mitsuki que ficou com o papel de Countess (e que também foi Tsukasa em hack//SIGN).
Estamos perante uma grande série de Ficção Cientifica, apesar de ser uma série composta por 26 episódios, o argumento não é cansativo e desde o primeiro episódio nos capta a atenção.
Escrito por: Fernando Ferreira