Tudo começou quando Yomi Hirasaka (Boku wa Tomodachi ga Sukunai) escreveu a “light novel” Imouto Sae Ireba Ii (妹さえいればいい, que traduzido significa qualquer coisa como “Uma irmã é tudo que precisamos”) acompanhada com as ilustrações de Kantoku (Heneko).
O primeiro volume foi publicado a 18 de Março de 2015 no Japão e poucos meses depois era lançado a adaptação em formato mangá chamada Imouto Sae Ireba Ii @comic. A série foi lançada na páginas da revista Sunday Gene-X (a mesma revista de Black Lagoon e da adaptação para mangá de Re:Creators).
Só dois anos mais tarde em Outubro de 2017 é que a obra foi adaptada para os ecrãs de televisão anime entre os meses de Outubro e Dezembro de 2017 num total de 12 episódios. A produção ficou a cargo do estúdio Silver Link (Anne Happy, C3) e foi realizado por Shin Onnuma bem como os dois animes que referimos anteriormente.
Esta é a história sobre o dia a dia de Itsuki Hashima, a escritora génio Nayuta Kani, o seu melhor amigo Fuwa Haruto, a sua amiga Miyako Shirakawa e ainda editores e personagens estranhos.
Lendo a sinopse da obra parece que não temos nada de especial, mas à medida que vamos avançando no anime vamos encontrando bastantes referências e alguns dados interessantes sobre o mundo das light novels (um estilo de literatura bastante ligado ao universo manga/anime e que recentemente várias editoras ocidentais tem apostado nas suas edições).
Neste anime somos apresentados a um grupo estranho de protagonista, um jovem romancista “siscon” (pessoa com uma “amizade” forte pela sua irmã), uma jovem prodígio com manias estranhas que gosta de escrever nua e que falar da vergonha alheia, um autor que é mais popular pela sua boa aparência do que pela qualidade de sua obra e uma universitária que não sabe que rumo tomar com sua vida após o fim da universidade.
Com um elenco de personagens muito doido é natural que a série tenha momentos de comédia (que nos primeiros episódios) deixa um pouco a desejar mas conforme a série vai avançando o nível do humor vai ficando melhor e rapidamente torna-se num ponto a favor. Com tantos personagens também é fácil de prever que haverá romance e bons dramas, e este sim é o ponto alto da obra.
Outro ponto interessante é vermos o lado crítico da obra. Num dos episódios assistimos a uma forte crítica ás más adaptações de “light novels” para a versão animada e à pressão sofrida pelos autores e editores com o prazo para entrega do conteúdo da novel.
Quanto aos aspectos técnicos da série temos a arte original de Yomi Hirasaka com o desenho de personagens de Kantoku e Sumie Kinoshita. A banda sonora desta série de 12 episódios é da responsabilidade do compositor e músico Tomoki Kikuya (The Girl Who Leapt Through Space e Nisekoi) e também conta com a interpretação de ChouCho com o tema de abertura intitulado “Ashita no Kimi Sae Ireba Ii.”, enquanto que o tema de encerramento fica a cargo de Aira Yuki com “Donna Hoshizora yori mo, Donna Omoide yori mo”.
Como referi anteriormente os primeiros 3 episódios são muito idiotas, com piadinhas sem sentido e com alguns apontamentos que facilmente nos fazem abandonar o anime, no entanto, aconselho a darem hipótese a mais uns quantos episódios e tenho quase a certeza que a vossa opinião mudará. Por isso peço que tenham paciência para com o anime, pois é uma boa comédia romântica.
Escrito por: Matheus Ferreira