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Jobanni no Shima

Desde há uns anos a esta parte que o cinema japonês de animação apenas nos chega via festivais, e em especial o Monstra. Este ano confirma-se a regra com a apresentação de mais uma mão cheia de filmes vindos do país do SOl Nascente. Um desses filmes foi Giovanni’s Island (ジョバンニの島, leia-se Joban’ni no Shima).

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Estamos no fim da 2ª Guerra Mundial com a derrota do Japão e ocupação dos Russos no Império do Sol Nascente. A história acontece na Ilha de Shikotan nos arredores do Japão, ilha esta que tem o seu nome dado pelo povo Ainu e que significa a “cidade real”.

Nesta ilha encontramos dois irmãos, Junpei e Kanta que têm de enfrentar a dura realidade da Grande Guerra e testemunhar a invasão da sua terra natal. Quando os russos aparecem na ilha, uma jovem chamada Tanya torna-se grande amiga destas duas crianças e juntos criam uma amizade que não encontra barreira mesmo sendo de culturas diferentes.

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O filme foi produzido em 2014 por Mizuho Nishikubo (Musashi: The Dream of the Last Samurai e Nekohiki no Oruorane OVA) e teve a participação do famoso estúdio de animação Production I.G (Ghost in the Shell e Space Battleship Yamato 2199). A banda sonora ficou a cargo de Masashi Sada, um compositor praticamente desconhecido e com um trabalho ainda reduzido.

Para os mais atentos e seguidores da animação japonesa, poderão dizer que Joban’ni no Shima é à primeira vista uma versão não tão deprimente como o clássico moderno Hotaru no Haka, que em português teve o título de O túmulo dos Pirilampos.

No entanto, este filme é um exemplo excepcional de quão grande por ser a animação feita à moda antiga utilizando ainda as “velhinhas cels” e fugindo do espectáculo visual da computação gráfica. Apesar de ser um filme ainda ao estilo da animação clássica japonesa, notamos algumas influências de animação europeia o que lhe confere um estilo próprio.

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Joban’ni no Shima é um filme (101 min.) assistimos a verdadeiros momentos de beleza emocionante e comovente (preparem os lenços de papel) que merecem a pena ser vistos por toda a gente, e que no ano passado (2014) foi bastante premiado, tendo como ponto alto a vitória no Satoshi Kon Award, 18th Fantasia Film Festival.

E por fim só me resta agradecer com um sincero ARIGATOU à Monstra por ter nos dado oportunidade para podermos ver mais uma excelente produção do país do Sol Nascente.

Escrito por: Rui Pereyra

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