Os pressupostos não são maus, um jovem deus, Samataro Kamiyama, está na Terra para conhecer melhor a forma como vivem os humanos, de forma a poder tornar-se um melhor deus quando chegar o momento de ele próprio assumir a sua condição. São 13 episódios onde Samataro vive dividido entre duas raparigas, Tenko… o anjo que está a protegê-lo desde que nasceu e Kumiko Komori, aquela que se torna o primeiro amor de Samataro.
Este dilema vai acompanhar o jovem deus durante a série, sempre incomodado pela sua “excitada” família composta pelo pai deus, um pouco tarado, a mãe super tarada e as duas irmãs Misa e Meme. Misa tarada mas com uma sabedoria muito feminina e Meme, que parece estar sempre noutro lugar. Samataro luta sobretudo contra estas intromissões, quer descobrir quem é, sem o facto de ser um deus interferir sempre a favor dele.
Temos uma série que se pode classificar de gira, sem ter nada de fantástico, também não acredito que o objectivo fosse ser extraordinária. Alguns momentos ecchi que acabam por não ser totalmente despropositados pois servem para caracterizar a família Kamiyama. Aliás é a família de deuses que consegue arrancar a maior parte das risadas que largamos.
Mas na verdade só nos últimos episódios conseguimos ser impelidos por algum sentimento de interesse mais particular pela história. Kumiko revela-se algo mais do que aparenta, Samataro consegue finalmente aceitar a sua condição, Tenko e a sua cabeça fumegante também desperta para outras realidades além de ser um anjo.
Outro aspecto que penso ser negativo: o facto desta família ser de Deuses parece em nada acrescentar à história. Por isso quando digo que a premissa até é interessante, acaba por defraudar expectativas.
Pessoalmente não acho que seja uma completa perda de tempo, embora também não se perca nada se nunca olharmos para esta série. Talvez alguém dos seus 10 ou 11 anos consiga descobrir melhor os encantos de Kamisama Kazoku.
Autor: Ricardo Mendes