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Kimi ga nozomu eien

Com um total de 13 episódios Kimi ga Nozomu Eien foi produzido em 2003 por três estudios: Age soft, Media Factory e Studio Fantasia.
A história baseia-se num triângulo amoroso onde a felicidade destas personagens é arruinada depois de acontecer uma tragédia. Suzumiya Haruka e Hayase Mizuki são duas grandes amigas mas com personalidades muito diferentes. Mizuki é extrovertida e pratica natação: é uma boa nadadora e anseia ser campeã nacional, esforçando-se para tal. Haruka é muito tímida e ingénua.

Narumi Takayuki é a paixão de Haruka. Mizuki não revela o seu amor por Takayuki e chega até a ajudar a sua amiga a conquistá-lo. Inicialmente parece ser mais um divertido “school life” anime mas o plano muda radicalmente quando um carro atropela Haruka enquanto ela espera pelo seu namorado Takayuki.

Haruka está dois anos inconsciente no hospital devido a uma fractura craniana. Durante esse tempo os pais dela sofrem e é a irmã, Suzumiya Akane, quem demonstra mais essa dor. Mizuki e Takayuki sofrem igualmente e ambos se culpam pela tragédia.

Depois do acidente de Haruka, Mizuki ampara Takayuki pois este encontra-se numa terrível depressão e ela desiste das competições de natação. Ambos recomeçam uma nova vida juntos. Mas Haruka sai do seu sono profundo. A notícia que deveria ser óptima cai como uma bomba em Mizuki. Para piorar, Haruka está paraplégica e parou no tempo no dia do trágico acidente; nem imagina que já se tinham passado dois longos anos.

Takayuki assume a sua posição de namorado e uma grande farsa envolve a vida de Haruka.Mas nenhuma mentira pode ser encoberta para sempre e as mudanças provocadas pelos dois anos adormecidos são cada vez mais visíveis perante os olhos dela.

Neste clima de tensão, Haruka arranja forças para enfrentar a realidade e recuperar da paralesia. É um excelente exemplo de coragem e um incentivo para quem possa encontrar-se na mesma situação. Apesar desta série ter sido inspirada num jogo hentai, parece que a equipa de produção do anime não quis deixar vestígios apagando os pequenos registos de “fan-service” e todas as cenas mais “adultas”. O grafismo é bonito, embora em algumas cenas os rostos estejam desenhados de forma estranha, mas não é caso para dramatizarmos. A animação é bastante agradável, utilizando as técnicas básicas da animação sem ter que recorrer aos “efeitos especiais”.

A música de abertura, Precious Memories, é interpretada por Minami Kuribayashi. O tema rock inicial contrasta com as duas músicas finais, Rumbling Hearts e Hoshizora no Walt, que são bastante tristes e igualmente interpretadas por Minami Kuribayashi. Durante o anime ouvem-se músicas de fundo bastante tristes onde predominam o violino e o piano; transmitem a carga emocional vivida nesse momento.

Minami Kuribayashi, que tem participações noutros anime como Mai Hime, além de interpretar as canções do anime é também a seiyuu de Haruka. Sugisaki Kazuya dá voz a Narumi Takayuki e Ishizaki Tomoko a Hayase Mizuki. Na minha opinião, as seiyuu de Haruka e Mizuki desempenham muito bem o seu papel: a inocência de Haruka é traduzida pela voz amena de Minami Kuribayashi enquanto que a determinação de Mizuki é perfeitamente transmitida pela sua seiyuu.

Uma tragédia pode acontecer a qualquer pessoa e a vida dos seus familiares e amigos ser automaticamente transformada. Pessoalmente penso que Takayuki foi incorrecto perante Haruka pois mentiras nunca ajudaram ninguém e, do início ao fim, ele mente-lhe. Mizuki vive constrangida, estando constantemente a culpar-se. Todos vivem o drama e todos se culpam, mas esquecem-se de quem sofre verdadeiramente: Haruka.

Escrito por:Solange Nobrega

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