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Kyou Kara Maou

Yuuri tinha uma vida de estudante normal, até ao dia em que tentou salvar um amigo de um grupo de rúfias. O salvamento não correu da melhor maneira e vê-se numa situação desconfortável, a sua cabeça está no sitio mais improvável – uma sanita.

Sem saber como e porquê, ele aparece num mundo estranho, cheio de castelos, demónios e esqueletos voadores. Como se isso não bastasse, Shibuya Yuuri descobre que ele é na realidade a reencarnação do Maou, o rei dos Mazoku (seres sobre-humanos que governam o país) e que ele deve assumir o trono imediatamente!

No palácio, Yuuri conhece a antiga Maou, Cecilie, uma mulher muito bela e desinibida, os filhos dela: Gwendal, Conrad e Wolfram, e ainda Günther, futuro ministro/tutor. Yuuri fica a saber que o seu pai tinha sido um “Mazoku” e que se tinha apaixonado pela sua mãe, apesar de ela ser humana.

Conrad, o filho do meio de Cecilie, também é meio-humano (por ter um pai diferente dos seus outros dois irmãos) e tem vigiado os passos de Yuuri na Terra até ao momento. O favto de ser meio-humano faz com que nem todos os nobres estejam prontos a aceitar Yuuri como Maou, entre eles o irascível Wolfram.

Yuuri é um autêntico estrangeiro neste novo mundo, por isso várias situações no mínimo interessantes vão acontecer ao longo da história. Dar uma estalada na cara de Wolfram, apanhar uma colher do chão e ficar noivo do dele (neste mundo, não tem importância o facto de ambos serem do mesmo sexo) são algumas dessas situações.

Sem saída, Yuuri assume o posto de Maou e tenta reorganizar o reino, isto porque a qualquer momento pode acontecer uma guerra cívil entre facções rivais de mazoku ou uma nova guerra sangrenta com os humanos daquele mundo, que são desprezados pelos nobres não-humanos. Seguindo o seu bom coração e colocando a felicidade dos outros antes de seus interesses, Yuuri começa a transformar aquele estranho mundo. Para isso, ele transforma-se no Maou: os cabelos crescem, a sua voz muda e ele adquire uma força mágica poderosa que lhe permite manipular as águas e punir os bandidos em nome da justiça (mas sempre de um modo muito pouco convencional…). Depois de castigar os mal-feitores, Yuuri não se lembra de nada, e volta a ser o mesmo cabeça-de-vento louco por baseball.

A animação é boa, as cores estão bastante atraentes em especial as dos personagens, que os tornam excelente material para vista do público feminino. A série é um grande desfile de bishounen (palavra japonesa para homens bonitos).

Também existem algumas cenas de acção, às vezes, quase frenética. O ritmo em geral é bastante rápido, com diálogos nos quais os personagens disparam uma quantidade incrível de palavras por segundo.

O relacionamento entre os três irmãos e o seu tio (que quer tomar o cargo de Maou de Yuuri), os problemas de Conrad devido à sua origem meio-humana e o sofrimento dele pela perda de sua amada durante a guerra com os humanos, o lado carente do impenetrável Gwendal e vários outros pequenos assuntos delicados a respeito do relacionamento entre humanos e mazoku são alguns dos conteúdos psicológicos que esta série nos mostra de uma forma pouco consistente, isto porque o importante é criar situações que dêem origem às várias piadas.

É no humor que Kyou kara Maou tem o seu ponto forte, e na forma como os temas mais comuns em séries feitas para meninas são abordados, reforçada pela patetice de Yuuri e o comportamento de grande parte dos personagens. Há muitos jogos de palavras e situações hilariantes de tão absurdas que são.

Para os mais familiarizado com séries feitas para raparigas, facilmente irão reconhecer todos os elementos típicos deste tipo de anime, mas desta vez são apresentadas de uma forma “destorcida”: uma estudante colegial que se vê repentinamente transportada para uma terra estranha (só que neste anime é um rapaz…), cheia de castelos ao estilo de verdadeiros contos de fadas, homens lindos e com atitudes nobres, cenas implícitas de yaoi (mas que não passam disso), aventuras, romances impossíveis e corações despedaçados…

Apesar do que possa parecer, Kyou kara Maou (que pode ser traduzido como: “a partir de hoje sou o rei dos demônios”) não é uma série yaoi (conteúdo homosexual masculino) nem uma série para raparigas, mas sim um anime para quem gosta de boas paródias e está por dentro deste universo do anime (por exemplo, o nome Yuuri é parecido com yuri – histórias de amor entre mulheres, que é o feminino de yaoi).

Mas mesmo não estando nós familiarizados com estes temas, Kyou kara Maou é bastante divertido com situações patéticas e cumpre bem o objectivo.

Autor:Selma Meireles

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