Ambientada nos finais dos anos 50 inicio dos anos 60, a história de Rainbow gira em volta de um grupo de seis jovens delinquentes presos num reformatório, onde, ao que parece nessa época, os encarcerados eram fantoches para certos manda-chuvas. Ao longo do anime, veremos como esta clausura gera grandes amizades e grandes inimigos, e veremos como foi a vida destes seis desafortunados.
Todas as histórias dos personagens e a suas idas para o reformatório são um reflexo de uma sociedade pobre, maltratada pela guerra e todos os outros males da época. Mario Mikami (16) conhecido por Mario foi preso quando bateu num professor, Tadayoshi Tohyama (17) tem a alcunha de soldado e foi detido por actos de violência contra o noivo da sua mãe, Noburo Meada (16) o tartaruga foi para trás das grades depois de ter feito vários roubos, Jou Yokosuda (16) também foi apanhado depois de ter cometido actos de violência; Mansaku Matsuura (17) mais conhecido por Col também foi preso por actos violentos e finalmente Ryuji Nomoto (17) apelidado de descoberto, foi levado para o reformatório depois de ter sido apanhado a roubar.
Profundo, adulto, bem feito e com um ritmo muito marcado, personagens absolutamente brilhantes e uma banda sonora de boa qualidade são alguns motivos para que esta série seja uma das melhores da temporada do ano passado (2010).
Começando pelo argumento, não esperava que fosse tão interessante. Ao longo dos episódios, a série consegue cativar o espectador. O anime mostra-nos com realismo a vida nos reformatórios nesse período, onde são mostradas algumas cenas explícitas e que são um enorme ponto a favor para a série. Os personagens possivelmente são o melhor da série. Em animes como este, é obrigatório que o espectador se identifique com eles e que se ponha na sua pele, e em Rainbow isso acontece na perfeição. Vamos sofrer com eles, vamos nos emocionar com eles (há grandes momentos neste anime).
Baseado no manga homónimo de Kakizaki Masasumi e Abe George, Rainbow – Nisha Rokubō no Shichinin é uma série composta por 26 episódios realizada por Koujina Hiroshi (City Hunter’91 e Kiba), o “chara design” da autoria de Kikuchi Ai (Iron Man e foi produzido pela famosa Madhouse (Death Note e Claymore).
Os temas de abertura e de encerramento ficaram para os Coldrain com “We’re not alone” e para os Galneryus “A FAR-OFF DISTANCE” respectivamente.
Para muitos este anime passou ao lado, por isso, apenas me resta dizer que Rainbow é um anime imprescindível no curriculum de um “otaku”, muito bem realizado e sem dúvida que merece todo o reconhecimento.
Escrito por: Fernando Ferreira
Nuno Demion
Um anime deveras estranho (ou original), ambiente pós 2ª guerra mundial, onde existia muita pobreza e violência, onde as crianças teriam de trabalhar e viveriam na rua ou em centros, como neste anime descritos, para sobreviver.
Um anime muito bem feito e que merecia muito mais mérito e reconhecimento, é um must to see.