Bem vindos a SKET Dance. Também conhecido (foram eles que disseram, não eu) por “Gintama dos pobres”. Porque efectivamente é a mesma coisa, mas num “setting” diferente. Segue a aventura de três faz-tudo que resolvem problemas numa escola secundária. Excepto que não são nem de perto nem de longe tão carismáticos como o trio de Gintama.
Essencialmente é um anime sobre nada. Todos os episódios há um novo desafio, usualmente roçando o limiar do idiota, e – oh céus, oh céus, mal me contenho – tem montanhas de piada. Montanhas dela estão a ver? Assim do tamanho da Serra da Estrela. A única parte de interesse são os raríssimos arcos de história, que falam um pouco sobre os personagens, e Gackt. Sim, Gackt. Foi Ele a razão pela qual me pus a ver este anime. Ele canta um dos temas de abertura e faz a voz de um personagem, Dante, que é o “larilas” do visual-kei que usa batom roxo. Haverá personagem mais adequada para o meu Mestre e Senhor?
Em termos de personagens, comecemos pelo trio principal. Temos um “genki boy” amigo do seu amigo, com pequenos defeitos que o tornam imensamente divertido, hoho. Dão-lhe uma história pregressa sem qualquer tipo de relevância e está feito. Depois temos uma gaja extremamente forte que se enerva com facilidade, mas que também é muito divertida!
Também tem uma história anterior que revela que ela também tem um coração e capacidade de perdoar, oh que boazinha que ela é afinal. E temos um gajo com a voz do Gintoki que nada mais faz sem ser teclar um computador que tem preso ao pescoço (o que aparenta ser uma coisa extremamente prática). Na sua história pregressa contam como chegou ao ponto de falar através do computador o que, vamos admitir, é uma coisa para lá de divertida.
E depois temos mais uma multitude de hohos, com uma série de personagens que nada mais fazem do que se enquadrar em estereótipos. A única de que gostei realmente foi, evidentemente, a do Gackt. Porque é, com toda a minha sinceridade, hilariante ouvir Gackt a dizer palavras desconexas e a cantar Enka (estilo de música tradicional). Foi uma pena que este personagem aparecesse tão pouco, porque foram as únicas ocasiões em que me matei a rir. Podiam ter-lhe dado um pouco mais de tempo de antena. Digamos, todos os episódios! Porque não?
A arte e animação não são nada de especial e muitas vezes há momentos bastante maus, com recurso a redemoinhos, linhas cinéticas e pessoal a abanar-se para a frente e para trás o que, convenhamos, já passou de moda há algumas décadas. No entanto o anime é muito vivo e muito colorido, o que trás um ambiente muito descontraído que poderá ser agradável a alguns (aqueles com vontade de aturar setenta episódios de conteúdo nulo)
Finalmente, a música. Temos uma grande variedade de temas de abertura e de encerramento, mas as músicas parenquimatosas são sempre as mesmas. Bonus para aquela cantada pelo Gackt. Não sendo composta por Ele e, por conseguinte, não tendo nada a haver com a Sua Pessoa, está muito adequada ao espírito casual da série, tem um ritmo giro e fez-me ouvi-la todos os episódios em que passou. Mas prontos, também tinha a voz dEle e isso torna as coisas sempre muito mais interessantes.
Como poderão ter reparado, eu tenho um fascínio muito pouco saudável pela Pessoa de Gackt. Essencialmente é o meu adorado ídolo e o profeta de tudo o que é belo na terra (apesar de ser um humano, como pude constatar nos concertos, de tomar banho em Chanel, de ter ideias antiquadas sobre os relacionamentos e de ter feito plásticas, sim, EU SEI OS DEFEITOS DELE E É POR ISSO QUE É PERFEITO OK?).
Mas em suma, SKET Dance é um bom e simpático anime para ser visto, apesar de que nem toda a gente poderá gostar. Foi transmitido no ano passado no Japão. com um total de 77 episódios criados pelos estúdios Tatsunoko sob a direcção de Keiichiro Kawaguchi (Hayate the Combat Butler e iDOLM@STER: Live For You!).
Escrito por: Carol Louve