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Sword Art Online

Se há um anime de sucesso em 2012 à escala planetária, Sword Art Online (ou SAO como é conhecido entre a comunidade de fãs de anime) foi um deles. Baseado na “light novel” homónima escrita por Reki Kawahara (o mesmo de Accel World) com ilustrações de Abec, Sword Art Online, transforma-se em série animada e fala-nos sobre um novo jogo virtual do estilo Realidade Virtual Massive Multiplayer RPG Online (VRMMORPG) que cria sensação entre os jogadores deste tipo de jogos, numa fictícia sociedade japonesa de 2022.

Kirito, a personagem principal desta série de 25 episódios, é um desses jogadores, especialmente dotado para este tipo de jogos, onde as pessoas controlam os seus avatares como se do seu próprio corpo se tratasse, graças a um capacete especial que é controlado pelo aparelho nervoso de cada jogador e que estimula todos os órgãos sensoriais. Pouco depois da versão Beta de SAO ser lançada, o criador do jogo, Akihiko Kayaba, surge por momentos a todos os jogadores e informa-os que não existem forma de se desconectarem. Para conseguirem sair do jogo e voltarem ao mundo real precisam de ultrapassar os 100 níveis do SAO e derrotar o Chefe principal no fim. Para além disso, informa que se um avatar morrer no jogo, no mundo real também morrerá e que se alguém tentar desconectar o capacete virtual, o mesmo sucederá.

Esta série segue Kirito, um adolescente viciado em jogos virtuais e praticamente sem amigos na vida real, e a sua luta para tentar sair de SAO onde ficou aprisionado como milheres de outros jogadores. Ao longo de encontros, lutas e múltiplas peripécias vai-se tornando amigo de diversos outros avatares, especialmente de um, Asuna, por quem se apaixona. Ambos descobrem que desejam conhecer-se fora daquele mundo virtual e lutam em conjunto para chegar ao último nível do jogo, que conseguem, inesperadamente, após Kirito ter derrotado Akihiko Kayaba, o criador do jogo, que se fazia passar por um dos avatares do jogo. Após essa vitória, Kirito acorda numa cama de hospital, tal como quase todos os outros sobreviventes de SAO, mas descobre que nem todos os jogadores de SAO acordam, um deles Asuna.

Após uma pista dada por um ex-jogador de SAO, descobre que num jogo desenvolvido pouco depois do SAO ter sido desmantelado, ALfheim Online, há uma imagem de Asuna presa numa gaiola. Sabendo disso volta a conectar-se aos jogos virtuais e penetra neste novo jogo, ALfheim Online, para saber que segredos encobrem. Ajudado pela sua irmã Suguha, não sabendo inicialmente quem ela era no jogo virtual, descobre que o objectivo de Alfheim Online, desenvolvido por Nobuyuki Sugou, um sócio da empresa do pai de Asuna, era realizar experiências nos jogadores virtuais com o objectivo de os conseguir manipular. Para conseguir experimentar com maior liberdade, antes de SAO ter sido desmantelado por Kirito, alguns dos jogadores aprisionados em SAO, Asuna e outros, foram transferidos para este novo jogo virtual, ALfheim Online, permanecendo em estado de coma e sem qualquer possibilidade de fugirem às experiências de manipulação através deste novo jogo virtual.

Ajudado por Suguha e outros avatares de Alfheim Online, um jogo que tinha sido desenhado para nunca ser acabado, Kirito consegue encontrar Asuna, derrotar o avatar de Nobuyuki Sugou com a uma surpreendente ajuda, Akihiko Kayaba, e assumir o controlo do mundo virtual Alfheim Online a despertar Asuna e finalmente a encontrar na realidade.

Sob a direcção de Tomohiko Ito (Summer Wars, Piano no Mori) e com o design de persongens a cargo de Shingo Adachi (Love Hina, Naruto) com a aprovação de Abec, SAO foi produzido no Estúdio A-1 Pictures (Ano Hana, Ao no Exorcist, Occult Academy), e transmitido na televisão japonesa entre Agosto e Dezembro deste ano (2012).

A banda sonora da série também está muito boa e assenta que nem uma luva neste tipo de animação. A série contempla dois temas de abertura interpretados por LISA com o tema “crossing field” e o segundo tema “INNOCENCE” por Eir Aoi. Também o tema de encerramento tem dois temas diferentes, “Yume Sekai” é interpretado por Haruka Tomatsu e “Overfly” que aparece entre os episódios 15 e 24 é cantado por Luna Haruna.

Este anime prende o espectador pela sua personagem principal, Kirito, um adolescente pouco social na vida real, mas com uma dupla personalidade enquanto jogador de jogos virtuais. A sua personalidade tímida transforma-se num jogador honesto e experiente, que ao longo da série vai criando laços de amizade, que nunca conseguiu na vida real, e aprende a ter vontade de viver e de gostar de estar com as outras pessoas, chegando a apaixonar-se por Asuna. É esta aura de ficção, mundo paralelo, dentro do próprio anime, onde as pessoas podem ser outras pessoas, talvez mais elas próprias e que conseguem concretizar os seus sonhos que atrai nesta série e nos remete para a nossa própria condição de espectadores de anime – experienciar mundos paralelos e irreais através da animação. Mas não é apenas a componente psicológica das personagens, principalmente de kirito, que dá interesse a esta série, mas também o enredo não totalmente previsível, como por exemplo o desmantelamento de SAO e verificarmos que nem todos os jogadores acordam, principalmente Asuna, quando se esperava que finalmente se fossem encontrar na realidade.

Em suma, SAO é uma série obrigatória para os fãs dos rpg online e todos aqueles que gostam de anime com acção, romance e algum humor. Altamente recomendável!

Escrito por: Nuno Carrilho

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