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Taiko no Tatsujin

Nem só de celulóide e computação gráfica vive a animação japonesa. Perdoem-me também todos os puristas que defendem que anime é só a animação japonesa resultante destas duas formas que referi anteriormente. Para mim, e para não me alongar mais neste tipo de discussão, tudo o que seja feito por japoneses, que venha do Japão e seja animado (plasticina, celuloide, “stop-motion”, 3D ou Computação Gráfica) é anime.

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Toda esta discussão sobre o que é anime ou não chegou depois de ver Taiko Drum Master (ou na versão original Taiko no Tatsujin), uma série de animação baseada no jogo da editora Namco para a playstation, onde tocamos num tambor acompanhando a música do jogo e das personagens. A versão caseira pode ser jogado com um TaTaCon, um controlo especial em forma de taiko (um típico tambor japonês).

Na versão animada, exibida no canal Kids Starion narra a história dos dois personagens principais do jogo – Don, um taiko de cara vermelha e Katsu, outro taiko mas de cara azul – nomes que foram atribuídos devido ao som onomatopaico que se obtém depois de tocarmos os tambores, e que por curiosidade juntando os dois dá um nome de um prato típico japonês, o Katsudon (uma espécie de costoleta de porco panada). Don e Katsu, foram incombidos de espalhar a arte e o espírito do taiko pelo mundo, e um dia transformarem-se em taiko de ouro.

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Ao longo dos episódios e da viagem feita por Don e Katsu vamos conhecendo os seu novos amigos: Bachio Sensei, as “baquetas” para tocar e controlarem as brincadeiras dos jovens taiko; o rapaz-máscara (inspirado no teatro tradicional japonês), Mechadon (um taiko em forma de mecha), a menina Mariko, entre outros…

Direccionado para um público infantil, as histórias e o tipo de narrativa assemelha-se muito aos animes do tipo, Ocha-Ken (lit. O cão-chá) ou Jagainu (lit. A batata-cão), com episódios com pouco mais de 3 ou 4 minutos e no final de cada episódio dá-nos uma pequena lição de moral. Mas apesar de ser uma animação infantil, com episódios bastante inocentes, como é o caso do algodão doce que gosta da nuvem, ou da lagarta que quer ter amigos ou ainda do tambor que é mau e quer dominar o mundo, uma coisa nos salta à vista… tudo isto é animado em plasticina.

A animação produzida pela Nikkatsu Corporation (uma abreviatura para Nippon Katsudo Shashin, literalmente “Fotografias Japonesas em Movimento” e o estúdio de cinema mais antigo do Japão), está bastante boa e em algumas situações nem parece que foi animado em plasticina, destaco uma das cenas onde isto acontece, as folhas a caírem das árvores.

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A música de Taiko no Tatsujin é bastante diversificada, o que torna a animação mais rica. Cada episódio tem uma música diferente e que vai desde a música tradicional ao j-pop, consoante for a “seriedade” do episódio. Ou seja para cenas mais “dramáticas” ouvem-se os instrumentos tradicionais japoneses (taiko, koto, shakuhachi, entre outros), enquanto que nas situações mais ligeiras e divertidas chegam-nos temas bastante “catchy” em formato j-pop. Mesmo sendo um anime infantil, a equipa de “seiyuu” (actores que fazem as vozes dos personagens) é composta por alguns nomes relativamente conhecidos e onde a Namco foi buscar alguns desses actores a outro dos seus animes, Yumeria.

Taiko Drum Master é coisa de crianças, por isso se não gostam do tipo de histórias não vejam, apesar que deviam dar uma oportunidade porque não é todos os dias que se vê animação em plasticina.

Escrito por: Fernando Ferreira

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