É a continuação directa do mangá Tokyo Ghoul de Sui Ishida. A obra foi lançada em 2011 e concluída em 2014, e no mesmo ano ganhou uma continuação que será concluída em 2018. Em 2014 foi lançada em Julho o anime de Tokyo Ghoul pelo estúdio Pierrot, e no ano seguinte é lançada a sua sequência intitulada de Tokyo Ghoul Root A, que foi duramente criticada por simplesmente desconsiderar a obra original. Em Abril de 2018 a adaptação da sequência da obra ganha a sua adaptação.
A história de Tokyo Ghoul: Re (東京喰種:re) passa-se dois anos após os acontecimentos do mangá anterior: “Tokyo Ghoul”, e relata os ataques de ghouls na capital japonesa, seres que comem carne humana, assombram os habitantes da cidade causando mortes misteriosas. O fim da série original contou com diversas mortes e corpos desaparecidos, deixando algumas coisas em aberto, dando a possibilidade ao autor fazer uma continuação directa chamada ” Tokyo Ghoul: Re”.
A instituição que combate os ghouls em Tóquio é a CCG, e é nela que podemos encontrar o protagonista da obra, Haise Sasaki, um investigador Rank1, mentor do Esquadrão Quinx, que tenta desvendar o paradeiro de diversos ghouls junto deles. Um dos primeiros casos a apresentar na série é a procura pelo Ghoul “Torso”, ele ataca normalmente mulheres e retira todos os seus órgãos, deixando apenas o torso, mas os Quinx inicialmente tendem a fracassar devido à falta de trabalho em equipa.
Tokyo Ghoul:Re é um dos meus mangás favoritos de todos os tempos, mas a sua adaptação não possui nenhum tipo de mérito pessoal. Tudo, é absolutamente feito a um nível mediano e onde nenhum aspecto da realização ou de argumento se destaquem. Esta série possui um enorme defeito que se chama “a despachar”, ou seja, tudo é feito à pressa. Os episódios parecem que foram produzidos sem qualquer critério e de uma forma que tira muito do impacto ao argumento, em especial a um dos aspectos mais interessantes da obra que é o conflito de personalidade do protagonista, luta esta que esta absurdamente bem feito na versão do mangá e que nesta adaptação é simplesmente feita de uma forma banal.
A animação é bizarra, assim de repente até podemos dizer que estamos perante imagens de slide, onde os personagens tem uma movimentação estranha. As cenas de acção também são fracas e não trazem nenhuma mais valia à animação (como diriam os brasileiros, as cenas de acção não empolgam). Tal como a animação, a banda sonora também é fraca e na verdade quase inexistente, no entanto podemos destacar os temas de abertura e de encerramento que ficaram a cargo dos Cöshu Nie com “asphyxia” e com a música “half” dos Ziyoou-vachi, respectivamente.
Sem querer ser muito mauzinho podemos mesmo dizer que o único ponto positivo desta adaptação foi o episódio final, que estava com uma produção muito acima da média e de todos os restantes episódios e que nem parecia a mesma adaptação. Será que houve alguma mudança à última da hora no staff de produção?
No geral, esta série de 12 episódios é uma adaptação fraca para um mangá fantástico. Penso que é daqueles animes que só agradará mesmo aos fãs de Tokyo Ghoul. O que aconselho verdadeiramente é lerem o mangá e deixarem o anime para quando mesmo não tiverem mais nada para ver.
Escrito por: Matheus Alves