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Violet Evergarden

Ao falarmos no anime “Vaioretto Evāgāden” (ヴァイオレット・エヴァーガーデン) ou “Violet Evergarden” traduzido para inglês, não estamos a fazer referência a uma produção qualquer, mas a um trabalho cujo tema foge de forma geral aos enredos que encontramos em grande parte dos animes realizados. Razão pela qual, terá sido o primeiro trabalho a receber o Grande Prémio na quinta categoria de Novel, da Kyoto Animation Award, no ano de 2014, competindo para o efeito, trabalhos nas secções de romance, manga e cenário.

A Kyoto Animation publicou o primeiro romance a 25 de Dezmbro de 2015, de acordo com a KA Esuma Bunko Imprint. Num total de 14 episódios, que foram adaptados do Light Novel a anime e emitidos em formato televisivo, através da Kyoto Animation. A sua adaptação ao novo formato seria divulgada em Maio de 2016, através de um comercial realizado com base no primeiro volume da obra.

No mês de Junho de 2017, a Kyoto Animation anunciava que o primeiro episódio do anime teria estreia mundial, com o apoio da Anime Expo, AnimagiC e C3 AFA Singapura 2017, tendo todos os episódios sido transmitidos no Japão, a partir do dia 10 de Janeiro de 2018.

Trata-se de uma série de época que engloba romance, com toques acentuados e profundos de drama, dor e sofrimento, em que a amizade e a entreajuda vão ser os principais motores para se conseguirem ultrapassar os obstáculos que por vezes a vida coloca nos nossos caminhos, que foi escrita por Kana Akatsuki e ilustrada por Akiko Takase. A adaptação ao universo animado foi dirigida por Taishi Ishidate, enquanto que o guião ficou a cargo de Reiko Yoshida. A projeção das personagens integrantes, ficou ao cuidado de Akiko Takase e a direção de som ficou sob a orientação de Yota Tsuruoka.

O tema de abertura intitula-se “Sincerely” e é interpretado pela cantora Tru, enquanto o encerramento é interpretado por Minori Chihara e designa-se “Michishirube” (みちしるべ) ou “Guidepost”.

A história desenrola-se à volta das Jidō Shuki Ningyō (自動手記人形), traduzido em inglês para Auto Memory Dolls, que foram criadas por um grande cientista de nome Dr. Orland e tinham como finalidade assistir a sua esposa Mollie, que era invisual. Com o seu apoio, Mollie podia escrever as suas narrativas e ao mesmo tempo permitir que outras pessoas com dificuldades, pudessem usufruir da sua ajuda e dos seus serviços.

Enquanto a função inicial das Jidō Shuki Ningyō era transformar voz em texto, um segundo grupo de pessoas criaria uma companhia, a CH Postal Company, que tinha como finalidade ajudar quem não sabia ler, nem escrever, colocando em palavras escritas todos os seus sentimentos, bem como proceder também ao cumprimento de tarefas de cariz militar. Formada por bonitas e inteligentes mulheres, esta Companhia era composta por vários membros integrantes, que ao longo dos episódios irão surgir, dando dinâmica ao conteúdo.

As personagens são respetivamente Claudia Hodgins, ex-comandante do exército, amigo do Major Gilbert Bougainvillea, apoiando-o durante o período militar, e presidente da CH Postal Company, pelo que, era responsável pelos seus funcionários; Cattleya Baudelaire, uma das integrantes mais antigas e mais conhecidas da Companhia; Benedict Blue, carteiro, por isso responsável pela entrega da correspondência e também um dos primeiros membros que a “empresa” recrutou; Erica Brown, tímida e de poucas palavras, encontrou nesta Companhia o seu objetivo de vida, inspirando-se numa das obras da escritora invisual, Mollie Orland; Iris Cannary que nutria uma profunda admiração pelo trabalho das Auto Memory Dolls em apoiar os outros, levando-a tornar-se numa; e por fim, a própria Violet Evergarden, a principal protagonista, que sem saber como e porquê era apaixonada pelo Major Gilbert Bougainvillea, tendo lutado a seu lado, durante o período da Guerra, embora tenha perdido as suas memórias, razão pela qual mostra uma atitude apática, distante e de certa forma fria, tal como uma “boneca”.

Ao longo dos capítulos Violet Evergarden irá sendo colocada à prova, com a missão de transmitir o que vai no coração das pessoas, permitindo-lhe igualmente abir o seu, ao mundo que a rodeia.

A difícil tarefa de superar momentos complicados e perturbadores da sua infância e do tempo em que serviu na Guerra, vão surgindo na sua mente, a partir do momento em que é confrontada com a notícia da morte do Major Bougainvillea, alguém que lhe tinha trazido esperança à sua existência e mais do que isso, lhe dera uma identidade, permitindo-a tornar-se no que era agora. Porém, o choque da perda, da ausência da pessoa amada, bate fortemente no íntimo de Violet, levando-a, a sentir emoções que até então, lhe eram completamente desconhecidas.

No entanto, Violet Evergarden não está sozinha, pois na Companhia para a qual trabalha, ela percebe que apesar do seu passado obscuro e dos erros que cometera enquanto “máquina bélica”, há pessoas que querem o seu bem e que se preocupam com ela. É pois, no meio deste turbilhão tão grande de sensações, que ela entende o verdadeiro significado de escrever uma carta, que um simples papel escrito, pode levar sem dúvida uma forte e marcante mensagem de felicidade às pessoas que nos são verdadeiramente importantes.

Por outro lado é através da sua missão, que Violet toma noção, que não é apenas a sua vida que está mergulhada em caos, dor e angústia, mas que para além dela, outras pessoas, outras famílias também passam por momentos menos bons, onde as lágrimas tomam lugar e que por vezes tudo em volta parece ruir, e é nestas situações de infelicidade que Violet acaba por ter um papel importante de auxiliar aqueles que precisam dos seus préstimos.

Aos que estavam ansiosos pelo começo deste anime, não precisam de esperar mais, porque ele já estreou em Janeiro, contando com treze episódios transmitidos e nada melhor que assistir a esta produção de excelência, de grande qualidade, para não se perder o interessante, envolvente e comovente, desenrolar desta trama.

Só um apontamento extra para informar que, esta fabulosa série terá ainda um capítulo especial, contando com catorze episódios no total, sendo este último emitido em Julho de 2018, encerrando desta forma a história.

Escrito por: Mia Mattos

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