Aqui está um anime para o qual tinha expectativas muito baixas e que me surpreendeu pela positiva. Pelo que entendi da sinopse, tratava-se de um “harem”. E um “harem” é sempre uma coisa chata. Em White Album há um personagem principal rodeado de meninas mas que não se comporta como o típico líder de “harem”. E isso trás frescura à nossa vida!
Fujii-kun é um jovem universitário que tem uma namorada. Infelizmente, essa namorada – Yuki – é uma estrela pop em ascensão, uma idol, uma “aidoru”. Após uma série de desencontros, a pressão da sua ausência acaba por se abater sobre as relações sociais que ele mantém com outras mulheres. No meio disto está Rina, uma outra “aidoru”, que quer ajudar a que o casal se mantenha e os tenta ajudar, se bem que me parece que pode haver outros interesses por trás disto. Isto dá uma história interessante e diferente do típico “harem”, um pouco novelesca mas ainda assim envolvente.
No entanto, talvez por esta ser apenas a primeira parte e ainda faltarem mais 13 episódios de uma segunda season, o comportamento dos personagens pareceu muitas vezes errático e com objectivos pouco claros. Isto atinge todas as personagens femininas, o que leva a que o seu desenvolvimento fique para trás.
A arte tem três fases distintas, que se intercalam em todos os episódios: a da arte dita “normal”, a da arte dita “terrível” e a da arte dita “artística”. Esta última é a que trás mais colorido à série, pois tratam-se de sequências em aguarela de linhas fluídas, que parecem representar a visão do sonho do personagem principal, a visão da “deusa do dia” que ele tem para todos os dias. Também há a utilização de uma estrutura narrativa com uso de palavras escritas nos painéis, que representam os pensamentos do personagem principal e que nos dão mais algumas luzes sobre o que se está a passar na cabeça dele.
E agora, uma parte interessante. Eu quando começo a ver séries dou muito pouca atenção aos “seiyuu”, não acho que eles mereçam o estatuto de ídolo que têm no Japão e portanto não lhes ligo nenhuma. Mas, além do Seki Tomokazu (o meu actor de voz preferido e o único que consigo identificar se o ouvir), conheço um par de nomes. Dois deles são Aya Hirano e Mizuki Nana. Que por acaso dão voz às duas personagens principais. Ora, tendo duas actrizes conhecidas por cantarem a fazerem a voz de cantoras, seria de esperar que o anime tivesse muita música. Pois que não tem. O anime foca-se bastante na vida das cantoras enquanto profissionais, mas não enquanto artistas. De resto, a banda sonora… Mal se dá por ela. Por vezes pode aparecer um pouco anti-climática, mas nada de especial.
A série de 13 episódios é baseada numa visual novel (um género de jogos bastante comuns no Japão, nos quais o jogador acompanha uma história por meio de textos, músicas e imagens), foi transmitida em Janeiro de 2009 e teve a realização de Akira Yoshimura () com a ajuda dos estúdios Seven Arcs (Magical Girl Lyrical Nanoha e Inukami!)
Fiquei convencida e já aí vem a segunda season a caminho para eu a ver.
Escrito por: Carol Louve