Em Setembro de 2014 o ClubOtaku esteve presente no Anifest, um dos eventos de anime, manga e cultura japonesa em Lisboa. Entre outras actividades, o Anifest destaca-se pela eliminatória nacional do ECG, European Cosplay Gathering, que leva um cosplayer a solo e um grupo à final em Paris na Japan Expo, e pelos cosplayers convidados internacionais, que partilham o seu conhecimento e convivem com os participantes do evento.
Esta entrevista a Naraku Brock, cosplayer alemã e jurada convidada do ECG, é a primeira de uma série de curtas entrevistas aos convidados.
Como começaste a fazer cosplay?
A minha família, em particular o meu irmão mais velho já se dedicavam ao LARP (Live-Action Role Playing) medieval e o meu outro irmão é um gamer activo, portanto o cosplay veio na sequência disso. Para além disso a minha avó, que se dedica ao quilting (técnica costura com retalhos) e a minha família em geral sempre fizeram coisas com as mãos.
Como é fazer cosplay na Alemanha, quais os principais eventos?
Somos um grupo de amigos, sentimo-nos como uma família, colaboramos uns com os outros, alternando capacidades entre nós.
Há muitos encontros e pequenas convenções ao longo do ano, um dos mais importantes é a Leipzig Book Fair.
O que achas da experiência de viajar através do cosplay, para competições e não só?
Conhecer países diferentes, a sua cultura.
Quais são os teus pontos fortes e os teus pontos fracos no cosplay?
A excessiva atenção aos detalhes é simultaneamente um ponto forte e um ponto fraco, pois por vezes perco-me neles.
No que é que o cosplay mudou a tua vida?
Tornei-me mais profissional e produtiva mas também mais desprendida no meu trabalho. Como sou joalheira, o cosplay ajuda-me criativamente no meu trabalho e vice-versa, o meu trabalho ajuda-me a executar certos aspectos do cosplay. Complementam-se. A minha vida seria aborrecida sem o cosplay.
O que estás a achar dos cosplayers portugueses?
São pessoas bonitas e muito bons cosplayers. Usam materiais diferentes e faceis de trabalhar. São muito engraçados e simpáticos.
Entrevista por: Leo Pinela