É frequente as pessoas olharem para um dos ingredientes mais usados no Japão, e perguntarem: “Isto come-se?”. A alga Nori assemelha-se a uma folha de papel de tom escuro e estaladiça.
Devido à popularidade do sushi, a alga Nori tornou-se cada vez mais comum e as pessoas que conhecem este ingrediente tão importante na gastronomia japonesa já não torcem tanto o nariz. Além disso, as algas Nori já podem ser encontradas em qualquer supermercado previamente cortadas em forma quadrada e embaladas prontas a consumir.
A produção e consumo da alga Nori seca ou tostada remonta 300 a.C, mas só no ano de 700 d.C é que se tornou oficial quando foi registado como um produto agrícola no “Taisho Ritsuryo”, o primeiro livro das leis japonesas.
Nori é o termo japonês usado para referir-se ás variedades comestiveis de algas marinhas das diversas espécies de alga vermelha Porphyra. O produto final é produzido cortando-se as algas em tiras e secando-as num processo semelhante ao fabrico do papel. Normalmente o Nori é usado na confecção de dois dos pratos mais tradicionais e conhecidos no Japão, o sushi e o onigiri.
O aumento do consumo da alga Nori também é causado pelo seu valor nutritivo e medicinal. A alga Nori contêm altas concentrações de proteinas, calcio, ferro, fibras, potássio, magnésio, fósforo, iodo e vitaminas A, B1, B2, C, D, and E. A alga Nori também têm taurina, que segundo estudos médicos baixa o colestrol e não engorda. Outros estudos estão a ser feitos com o intuito de curar cancros de estômago e úlceras. Por todas estas características nutirivas, muitas das pessoas começaram a chamar à alga Nori “vegetal marítimo”.
Também se pode consumir o Nori em forma de pasta aromatizada com molho de soja a que se dá o nome de Noritsukudani. Ao Nori seco e em molho chama-se aonori, e é usado como especiaria em pratos como por exemplo: o okonomiyaki ou yakisoba.
Resta agora por mãos à obra e cada um confecionar a sua iguaria preferida com a alga Nori. Ittadakimasu!
Escrito por: Fernando Ferreira