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Sailormoon Live Action

Desde Fevereiro de 1997 que Naoko Takeuchi não lançava nada relacionado com o seu maior êxito de toda a sua carreira, a série Bishoujo Senshi SailorMoon, mas no ano passado mês de Junho (2003) e aproveitando o décimo aniversário da série, Naoko Takeuchi decidiu dar aos fãs uma “nova” série de Sailormoon (As Navegantes da Lua, na tradução portuguesa).

Muitos fãs esperavam então pelo regresso da Coelhinha da Lua (Tsukino Usagi) e das suas amigas inseparáveis Ami, Rei, Makoto e Minako, mas ninguém esperava por aquilo que aconteceu… as navegantes passaram da versão em papel e animada para uma série com personagens de pele e osso.

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SailorMoon estreou no Japão no dia 4 de Outubro de 2003 no canal de televisão TBS, com actores e actrizes entre os 15 e 17 anos, a série tem nos principais papeis Miyu Sawai (Tsukino Usagi) que foi a escolhida com alguma surpresa para ser a protagonista de um papel tão importante, isto porque a actriz não tinha qualquer experiência em televisão até à altura. As outras navegantes são Chisaki Hama (Sailor Mercury), Keiko Kitagawa (Sailor Mars), Myuu Azama (Sailor Jupiter), Ayaka Komatsu (Sailor Venus) e Chiba Mamoru (A.K.A. Tuxedo Mask), que é interpretado por um rapaz de 20 anos chamado Jyoji Shibue.

No planeta Terra ninguém sabe de nada e todos foram reencarnados em humanos, Princesa Serenity, a princesa do Amor reencarnou em Tsukino Usagi (que neste live-action está menos chorona e mais corajosa que a versão animada ou manga), o príncipe Endymion em Mamoru Chiba (Tuxedo Kamen) e assim sucessivamente.

A história começa tal e qual o inicio do manga, Usagi continua a seguir pela televisão as aventuras do seu ídolo, Sailor-V.
Mais tarde, aparece Luna, cujo a voz é dada por Keiko Han. É com este personagem que aparecem as primeiras diferenças, ou melhor novidades da série. Quando todos esperavamos ver um gato verdadeiro, Luna aparece-nos em duas versões uma totalmente em 3D e outras vezes em peluche.

Luna revela a Usagi qual a sua missão na Terra, e oferece-lhe um artefacto para que ela possa transformar-se em Sailor Moon e assim poder inciar a sua missão de encontrar a princesa e conseguir o “Cristal de Prata” que é muito cobiçado pela vilã da série, a Queen Beryl (Raínha Beryl).

Várias foram as adaptações que a esta nova abordagem da série sofreu, contudo a história tenta ao máximo ser fiel ao manga, o espírito e a mensagem continuam a ser a mesma, a amizade e a união entre as pessoas.

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As novas situações e adpatções, são em primeiro lugar um refrescar de tendências e atitudes mais actuais entre a juventude japonesa, o uso do telemóvel é uma dessas tendências. O outro aspecto é a inevitavel manobra de marketing (tão comum no Japão e não só) para criar novos produtos de merchandise dirigidas para o público mais jovem.

Uma dessas alterações foi a inclusão de acessórios “mágicos” para cada uma das Navegantes com a excepção de Sailor Moon. Braceletes, pulseiras, estojos de maquilhagem, telemóveis, foram alguns dos artefactos dados ás navegantes para poderem usá-los nas suas transformações. É também no momento da transformação que as raparigas normais, mudam as cores dos seus cabelos ficando assim iguais à série animada.

Outra das novidades no LiveAction, é a troca do “quartel general” das Navegantes, enquanto que no manga/anime o local secreto para as reuniões era uma casa de máquinas, agora é uma sala de karaoke. Sem dúvida que esta alteração é mais uma manobra de marketing, isto porque as músicas que as navegantes cantam para passar o tempo são os “hits” de Sailor Vénus (Aino Minako) e que já existem editados em formato de single.

A música do live-action talvez seja o aspecto mais fraco da série. Da banda sonora quase que só nos apercebemos do “opening” e “ending” que são duas músicas em versão pop bastante “catchy”. A grande falha do live-action é não terem incluído o tema Moonlight Densetsu, um dos temas mais celeberizado no anime e conhecido pelos fãs de SailorMoon não aparece no live-action, sendo substituída por uma melodia que está longe de ser tão interessante como o clássico Moonlight Desetsu.

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Relativamente ao elenco estar bastante bom e com a maior parte dos papeis cairem que nem uma luva aos actores escolhidos, alguns aspectos deixam um bocado a desejar para os verdadeiros fãs da série. Chiba Mamoru (o namorado de Tsukino Usagi) tem a representação mais apagada e falta-lhe o charme que o caracterizava no anime quando atirava as suas rosas ao som de música espanhola. Jedite (um dos subditos da Raínha Beryl) também ficou desfavorecido no live-action. No anime e manga Jedite tinha bastante presença, aqui o seu personagem foi caracterizado de uma forma exagerada com uniforme enfeitado, peruca e lentes de contacto o que o torna demasiado “falso”.

A série está mais direccionada para o sexo feminino talvez por isso tenha um estilo mais “light” do que os clássicos Super Sentai, cheios de robots gigantes, explosões e monstros. Mesmo assim e apesar de algumas críticas, este Sailor Moon Live Action consegue atrir bastante público não só os mais novos e fãs de Sailor Moon, mas também os fãs do Tokusatsu.

Escrito por: Fernando Ferreira

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