Através de projetos de divulgação da cultura e do cinema asiático em Portugal, chega-nos enquanto parte integrante do cartaz cultural para a estação de Verão, “Seishun Zankoku Monogatari”, numa versão restaurada do original, com estreia marcada para o dia 5 de Julho de 2018, no Espaço Nimas em Lisboa e no Teatro Campo Alegre no Porto.
Consiste numa produção cinematográfica de Tomio Ikeda, que data do ano de 1960, e cujo argumento e realização foram levados a cabo por Nagisa Oshima. A música foi dirigida por Riichirô Manabe e a montagem ficou a cargo de Keiichi Uraoka.
Adaptada na versão portuguesa para “Contos Cruéis da Juventude”, trata-se de uma longa-metragem que relata a história de duas pessoas, Kyoshi (papel interpretado por Yusuke Kawazu) e Makoto (papel interpretado por Miyuki Kuwanu).
Kyoshi era um estudante universitário irrequieto e problemático que acaba por seduzir a encantadora Makoto, levando-a para um mundo completamente diferente, obscuro e sinistro. Ambos se tornam assim, cúmplices num jogo de chantagem e sedução para conseguirem ganhar facilmente dinheiro, não se importando de atormentar quem quer que seja, inclusive homens de meia-idade, se essa estratégia puder de facto alcançar os seus objetivos tão desejados. Fartos da vida corriqueira e dita normal da típica sociedade nipónica, ambos entram numa aventura perigosa, onde a maldade e o crime se encontram mesmo ao virar da esquina.
A título de curiosidade, este filme venceu em 1961 o prémio Blue Ribbon Awards, na categoria de Melhor Realizador. Classificado como sendo para maiores de 18 anos, tem uma duração aproximadamente de 96 minutos, e a sua estreia ocorreu no Japão na década de 60.
Quem gosta de cinema asiático, esta é sem dúvida uma excelente oportunidade de conhecer os filmes clássicos nipónicos que terão exibição em território nacional.