Hoje trazemos a review de um jogo que já era esperado por muitos há algum tempo, Godzilla. Desenvolvido pela Natsume e publicado pela Bandai Namco, foi lançado originalmente no Japão para a Playstation 3 em 2014 e chega à Playstation 4 em Julho deste ano. O ClubOtaku jogou e trazemos agora uma pequena review para quem estiver interessado em comprar.
Começando pelos aspectos interessantes do jogo, Godzilla oferece ao jogador uma pequena história de fundo à cerca da criatura chamada Godzilla. Assim que iniciamos o modo história, uma agente apresenta-nos a criatura, fala-nos da sua primeira aparição há 60 anos atrás, respectivamente em 1954 (data do primeiro filme, realizado por Ishiro Honda).
Ainda durante o modo história, observamos que Godzilla aumenta de tamanho conforme absorve G-Force (a nova fonte de energia), sendo que os seus ataques aumentam igualmente de intensidade. Fora do modo história, o mesmo se passa no modo online, onde o jogador pode melhorar o seu kaiju conforme vai jogando e desbloqueando ataques.
O jogo oferece ainda a possibilidade de alterar o modo de jogo (ou o tipo de cinematica) entre o modo normal e o modo cinema, que nos permite jogar com o ecrã como se fosse a tela de cinema do cinema clássico, em tons de cinza e com pequenos riscos. Este “modo de cinema” vem ainda sob a forma de cenários que podemos construir no Modo Diorama, que possibilita ao jogador recriar momentos dos filmes ou criar novas batalhas.
A escolha do kaiju com que podemos jogar online é também bastante abrangente sendo que as criaturas vão sendo desbloqueadas conforme avançamos no modo história, juntamente com uma pequena biografia.
Infelizmente Godzilla possui no entanto vários pontos fracos sendo o pior deles todos a escolha do L1 e R1 para mover Godzilla para a esquerda e direita, nomeadamente. Ao contrário do que acontece com a maioria, senão a totalidade, dos jogos modernos, o Analag Esquerdo apenas faz caminhar o personagem para as quatro direcções principais. Por exemplo, imaginemos que caminhamos com Godzilla pela cidade quando vemos um kaiju inimigo. De forma a ficarmos frente a frente com o gigante temos de nos desviar diagonalmente para a esquerda. Enquanto que na maioria dos jogos actuais seria apenas necessário rodar o Analog Esquerdo para fazer Godzilla caminhar na direcção pretendida, neste jogo teriamos de usar o L1. A função do Analog passa então o de fazer o personagem caminhar em frente, para trás ou para os lados lateralmente, fazendo o boneco quase que deslizar para os lados.
Pode até parecer uma funcionalidade interessante, quase que lembrando os jogos antigos, mas a realidade é que se torna bastante frustante estar numa batalha, ou num duelo online, e ter de usar o L1 e R1 para nos movimentarmos, sendo que o personagem ainda se virará de forma bastante demorosa. Terão usado esta função também para simular o quão dificil é para estes personagens se mexerem “na vida real”, tendo em conta as suas dimensões? Também é uma possibilidade, agora que torna o jogo lento, aborrecido e frustante, isso torna.
Para além deste pequeno grande problema, Godzilla, como a maioria dos jogos focados no modo online, oferece um modo história bastante aborrecido, onde os objectivos permanecem praticamente os mesmos ao longo dos níveis, e para além disso é impossível morrer. Sim, claro, estamos a falar de Godzilla mas se querem colocar um modo história offline, bem que poderiam ter dado algum nível de dificuldade. Apesar de no início ser referido que dependendo das cidades que escolhemos atacar a dificuldade seria diferente, a realidade é que sendo impossível morrer é completamente indiferente o números de militares que nos enviam.
Durante estas missões temos ainda constantemente uma jovem agente a comentar o que está a acontecer, sendo que as suas falas são essencialmente cinco ou seis. Se estiverem numa cidade durante vinte minutos, irão passar a maioria do tempo a ouvir frases em “loop”. E se estiverem a pensar terminar o modo história preparem-se para desejar ter deixado o jogo em “mute”.
Aconselho Godzilla aos grande fãs do franchise. Acredito que para os fãs de longa data o jogo trará bastantes momentos nostálgicos e até mesmo momentos bem passados na pele não apenas do herói mas também na pele dos inúmeros vilões como Mothra, Gigan. Mechagodzilla, entre outros.
Para quem não está familiarizado com estes personagens torna-se rapidamente num jogo aborrecido, onde a única fonte de entretenimento, embora pouca, está claro essencialmente no modo online, puramente na experiência de jogar com outras pessoas.
Escrito por: Ângela Costa