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Mogeko Castle

Depois de Maison de Maou e Eryi’s Action trago-vos Mogeko Castle, um jogo de terror criado por um desenvolvedor conhecido como Mogeko ou Deep Sea Prisoner. Apesar de ser divertido e “inocente”, este jogo possui conteúdo considerado para maiores de 16 e que pode ser ofensivo para algumas pessoas. Sendo que esta review toca nesses conteúdos, deixo o aviso.

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Mogeko Castle foi lançado originalmente em 2012 como parte de um mundo criado em 2006 por Mogeko e que inclui jogos, mangas e até um episódio de anime. Este mundo, como se pode adivinhar, faz com que muito do conteúdo se cruze o que torna a experiência mais rica e interessante.

O Castelo de Mogeko começa com uma pequena criatura que conta uma história de embalar a alguém. Na sua história somos apresentados a Yonaka Kurai, uma aluna de liceu que entra no habitual comboio para casa. Ela acaba por adormecer na viagem e quando acorda encontra-se numa estação que não reconhece. Determinada a regressar a casa, Yonaka caminha pela floresta mas acaba por ser atacada por umas criaturas chamadas Mogekos que a querem violar.

Yonaka consegue fugir deles e encontra um castelo julgando estar a salvo. No entanto, o castelo está repleto de outros Mogekos que também a querem atacar. Felizmente para a nossa protagonista, um dos Mogekos decide ajudá-la a regressar a casa levando a personagem por uma inimaginável aventura.

Durante o jogo descobrimos que aquele mundo é na realidade uma dimensão criada por um rapaz, que se auto-intitula de Mogeko, para fugir à solidão. O mundo é habitado por Mogekos que vivem num castelo de sete andares. Para proteger estes andares, Mogeko cria os Sete Mogekos: Somewhat Strange Mogeko (Estranho Mogeko), a Prosciutto Fairy (Fada Prosciutto), o Blood Spirit (Espírito de Sangue), o Hasu, o Moffuru, o Mogecuckoo e o Nega-Mogeko.

Quando Yonaka consegue finalmente regressar a casa, o irmão está à sua espera para a matar. No final desta história, regressamos à criatura do início do jogo, que agora sabemos ser um Mogeko, e descobrimos que se calhar… A história não era apenas uma história.

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Apesar de ser um indie criado apenas por uma pessoa, Mogeko Castle está bem construído quer no gameplay, nas ilustrações e até no som que apesar de original não possui grande ruído. As falas são pausadas, como uma espécie de pausas para as personagens respirarem ou reagirem ao que veem. Os Mogekos possuem ainda uma voz electrónica que se torna desconcertante mas engraçada.

O gameplay não é muito difícil tirando algumas perseguições onde temos de encontrar o caminho certo a seguir, caminho esse que é aleatório, obrigando a algumas tentativas. É também interessante vermos como conseguimos interagir com todos os Mogekos, algumas vezes acabando com conversas deveras estranhas, no bom sentido.

Lembrando uma creepy pasta que também envolve uma jovem que acaba numa cidade que não conhece, o jogo declara-se desde início como “divertido, triste, violento e pervertido”. Apesar disto, é difícil estar à espera do que se sucede no jogo, especialmente para quem não conhece o trabalho prévio do criador.

A primeira vez que Yonaka se encontra com os Mogeko confesso que achei a cena deveras engraçada: umas criaturas amarelas e de certa forma “kawaii” que perseguem alunas de liceu. No entanto, tudo muda quando ao chegar à entrada do castelo decido não entrar e procurar outra saída daquele mundo. Em poucos segundos Yonaka está rodeada de Mogekos que de facto a atacam… O ecrã muda e apenas ouvimos gemidos da protagonista enquanto é violada pelas criaturas.

Esta pequena cena muda completamente o tom do jogo, mostrando que a diversão se refere a um humor bastante negro que inclui momentos de “awkward silence”, um Mogeko que construiu um radar que encontrar alunas de liceu para facilitar a sua captura, opções de roubar a comida aos Mogekos ou de nos recusar-mos a responder às suas perguntas e até um Mogeko que nos confessa ter dado pão com cianeto a um dos seus colegas.

Ao todo existem sete “bad endings” e dois finais felizes (cujos sem grandes spoilers são os que incluem Yonaka a regressar a casa). Entre as sete formas de morrer algumas incluem Yonaka a ser violada pelos Mogekos, a ser comida por larvas, Mad Mogekos e até parasitas. No entanto, entre eles existe um chamado “Elopement” ou “Love Affair ~Vows on the Sunset Hill~” que apesar de ser oficialmente um “bad ending” tem Yonaka a fugir com o Defect Mogeko (que a ajuda durante a viagem) enquanto um casal.

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Apesar de grotesco, Mogeko Castle é bastante divertido para os fãs de humor negro, proporcionando cerca de três horas bem passadas na companhia dos queridos e pervertidos Mogekos. Sendo gratuito, podem fazer o download do jogo em inglês no site da VGPerson.

Já algum de vocês jogou Mogeko Castle ou um dos outros jogos do Deep Sea Prisoner?

Escrito por: Ângela Costa

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