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Tokaido

Sendo o Japão um país altamente tecnológico, é de estranhar que cada vez mais se assista a um regresso ao analógico. Este espírito estamos a encontrar por exemplo na cultura pop japonesa onde estamos a assistir um regresso aos jogos de tabuleiro. Segundo os “experts” nestas coisas parace que estes jogos voltaram a estar na “moda”, e têm como uma das temática mais requisitadas e inspiradoras, o país do Sol Nascente.

Em Tokaido, cada jogador é um viajante que viaja pela “East Sea Road”, uma das estradas mais belas do Japão que liga as cidades de Quioto e Tóquio construída desde o século XI quando a capital japonesa era conhecida como “Edo”.

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Durante a viagem, vamos conhecendo pessoas, saboreando pratos, encontrando itens, descobrindo belas paisagens e templos sagrados, mas no final da jornada, quando todos chegaram ao destino, temos que ser o viajante, que tenha descoberto as coisas mais interessantes e variadas. É este o objectivo do jogo: Fazer o maior número de pontos de vitória no final da viagem/jogo.

Um dos aspectos interessante deste jogo é a movimentação dos jogadores. Não existem dados nem custos, existem sim apenas a estratégia e oportunidade dos jogadores. A única regra obrigatória para avançar é: avança aquele que estiver em último, ou seja, o jogador que estiver atrás de todos os outros, deverá mover seu marcador para um ponto vago à sua escolha. Se ele continuar sendo o último, jogará novamente. Caso contrário, o que estiver em último passará a ser o jogador. No entanto existe uma excepção no movimento, os jogadores não podem passar os hotéis, eles são paragem obrigatória.

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Ao final da partida, além de todos os pontos que ganhou, todas as cartas que acumulou podem lhe render mais pontos. São 6 cartas especiais, sendo que 3 delas são distribuídas ao longo do jogo para o primeiro que completar cada tipo de paisagem. As outras 3 são dadas ao final para aquele que tiver mais encontros, mais termas e pelo conjunto de comidas mais caro. A contribuição ao templo também é muito bem recompensada.

Para dar dinâmica ao jogo, o autor Antoine Bauza acrescenta algumas variantes. A primeira delas beneficia os “gamers”, incutindo no início da partida um pagamento monetário. A segunda variante é a possibilidade de se usar o caminho inverso para jogar. E por fim a terceira variante que é aconselhada para jogadores mais novos. O autor do jogo também lançou novas cartas promocionais que adicionam outros benefícios.

Apesar de não ser de autoria japonesa, o jogo Tokaido tem uma arte muito boa e bonita e é da autoria de Xavier Gueniffey Durin (mais conhecido no mundo dos jogos por Naïade). Com um traço elegante como pede a arte japonesa tradicional, combinada com as cores vivas da cultura pop actual, fazem de Tokaido um daqueles jogos que por si só já vale dar uma hipótese de conhecer e de ter na estante para os coleccionadores de jogos com temática nipónica.

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Uma curiosidade interessante e agradará bastante os fãs e estudantes da cultura e língua japonesa: todas as cartas possuem os nomes dos itens em japonês romanizado e no alfabeto original.

Em suma, Tokaido é um jogo estratégico de fácil de aprendizagem para 2 a 5 jogadores e com uma duração de 30 a 45 minutos (varia com o número de jogadores). É ideal para boardgamers em “início de carreira” ou para todos os que gostam do Japão.

Escrito por: Fernando Ferreira

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